Baixada Santista é a região do litoral paulista com maior número de casos; governo do estado de São Paulo monitora situação
O surto de virose que explodiu no litoral paulista, após a passagem do ano novo, especialmente na Baixada Santista, já vem causando cancelamentos de hospedagens em alguns hotéis e pousadas da região, até mesmo no litoral norte, onde há poucos casos registrados.
Os turistas que cancelaram ou adiaram a viagem temem passar pelos mesmos problemas de quem contraiu a virose nos últimos dias: vômitos, dores abdominais e diarreia. As viroses são comuns nesta época, mas neste ano, provocou até mesmo a superlotação de hospitais, além da falta de medicamentos em farmácias.
O casal Rodrigo Nunes Silveiras e Ana Cláudia Silveiras, de Campinas, programou viajar para o Guarujá entre os dias 10 e 12 de janeiro, mas cancelou as reservas do hotel, que haviam sido feitas há mais de dois meses, por causa do surto. A cidade concentra a maior parte dos casos. “Nós temos duas filhas, de dois e quatro anos, e não queremos colocá-las em risco. Optamos por passar o fim de semana no interior”, lamentou Ana Cláudia.
Luciana Ioannou, 22, estudante de biociências, também cancelou sua ida para a praia. Ela e o namorado planejavam passar o próximo fim de semana para visitar familiares residentes em Mongaguá, cidade do litoral sul que registrou 350 casos. O casal também cancelou a reserva em uma pousada da cidade.
“É melhor evitar (a viagem), pois depois que você contrai o vírus, os sintomas te derrubam. E ao invés de você passar dias legais na praia, literalmente, só vai ter dor de cabeça”. Segundo ela, dois familiares que residem na cidade contraíram a virose. “Vamos aguardar passar esse surto e estudar outra data para viajarmos”.
Um proprietário de hotel localizado na praia da Enseada, em Guarujá, mas que preferiu não se identificar e que pediu para não ter seu meio de hospedagem divulgado, afirmou que teve quatro cancelamentos na última semana. “O pessoal está com medo (de contrair a virose). Dos quatro cancelamentos, só um remarcou a data para fevereiro, apostando que esse surto já tenha passado”.