Fatores como temperaturas elevadas, balneabilidade das praias, aglomeração de pessoas e falta de cuidados com a alimentação podem causar virose
Estéfani Braz
Publicado em 04/01/2025, às 15h13
A Baixada Santista enfrenta um ciclo casos de virose. Depois de Guarujá confirmar que, somente no mês de dezembro, foram registrados mais de 2 mil casos, a prefeitura de Santos afirmou, neste sábado (4), que também tem acompanhado a situação na cidade. Segundo a administração santista, em levantamento realizado nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), foram 2,1 mil casos em novembro; em dezembro, subiu para cerca de 2,2 mil; e nos quatro primeiros dias de janeiro, foram 273 atendimentos.
As viroses afetam principalmente o trato intestinal, causando incômodo e mal-estar, com sintomas como diarreia, náuseas, vômitos, cólicas e febre. A duração varia de um dia a até uma semana. A prefeitura de Santos alertou que a desidratação pode ser leve, moderada ou severa. As viroses podem representar um risco maior para as crianças, bem como para os idosos e pessoas com comorbidades. Isso porque elas tendem a desidratar com mais rapidez em casos de gastroenterite com a presença de vômitos e diarreia, por exemplo.
A transmissão ocorre pelas vias respiratórias, a partir de gotículas expelidas por tosse ou espirro ou pelo consumo de alimentos contaminados por bactérias e outros microrganismos.
Caso os munícipes e turistas suspeitam das condições sanitárias de estabelecimento comercial ou ambulante, a denúncia deve ser feita à ouvidoria municipal, pelo telefone 162 , e pelo site www.santos.sp.gov.br para a apuração dos fatos pelos setores municipais competentes.
De acordo com a prefeitura do Guarujá, na cidade foram registrados 2.064 atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e o aumento no número de casos deste tipo é comum na época do ano devido a fatores como: temperaturas elevadas, balneabilidade das praias, aglomeração de pessoas e falta de cuidados com a alimentação.
A prefeitura de São Vicente informou, por meio de nota, que em novembro os serviços de saúde municipais registraram 1.657 atendimentos relacionados a sintomas de virose. Já em dezembro, foram 1.754. Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, não há superlotação das unidades de saúde e prontos-socorros. Também não há registro de falta de analgésicos e antitérmicos nas farmácias. A pasta informou, ainda, que está preparada para receber pacientes que estejam acometidos com os sintomas.
O governo de São Paulo orienta a população para se atentar à qualidade do mar e buscar informações antes de se banhar no litoral paulista, consultando a situação da água no site da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ou acompanhando a bandeira de sinalização da praias: se ela estiver vermelha, isso indica que a praia se encontra imprópria para banho. Também não é recomendado o banho de mar 24 horas após as chuvas.
Estéfani Braz
Formada em Comunicação Social na Faculdades Integradas Teresa D'Ávila