CRIMINALIDADE NO LITORAL

Operação Escudo completa 30 dias na Baixada Santista

Forças de segurança prenderam centenas de criminosos, apreenderam armas e entorpecentes; prejuízo ao tráfico e crime organizado passa dos R$ 2 milhões

Redação
Publicado em 27/08/2023, às 13h30

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Mortes em confronto na Operação Escudo somam 22 no litoral de SP - Reprodução
Mortes em confronto na Operação Escudo somam 22 no litoral de SP - Reprodução

A Operação Escudo, liderada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), chega ao 30º dia de atuação na Baixada Santista, neste domingo (27), apresentando resultados no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado.

De acordo com informações fornecidas pela SSP, 634 pessoas foram presas, houve apreensão de 84 armas ilegais e 905 kg de entorpecentes, causando um prejuízo estimado em mais de R$ 2 milhões ao tráfico de drogas. Desde o início da operação, o total de mortes chegou a 22.

Das 634 pessoas detidas pelas forças de segurança durante a operação, 240 estavam evadidas da Justiça por crimes variados, incluindo desde infrações financeiras até delitos mais graves, como roubo à mão armada, sequestro e homicídio. Entre os detidos, encontravam-se indivíduos com extensa ficha criminal, líderes de facções e traficantes.

A operação

Operação Escudo
Operação Escudo segue na Baixada Santista afim de desarticular o tráfico de drogas e o crime organizado - Reprodução

A operação escudo foi deflagrada no dia 27 de julho, data em que o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi assassinado em uma comunidade de Guarujá. Entre os dias 28 de julho a 2 de agosto, a polícia identificou e prendeu todos os envolvidos na morte do soldado Reis, incluindo um dos líderes de uma facção, que morreu em confronto com a Polícia Militar, a primeira morte da operação.

No dia 2 de agosto, militares do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) efetuaram a prisão de um integrante de uma facção criminosa na Rodovia dos Imigrantes. O homem, condenado a 12 anos de prisão e em situação de foragido, acumulava diversas acusações, tais como tráfico, roubo e receptação.

No dia 7 de agosto, durante uma abordagem rotineira, policiais descobriram um mandado de prisão por homicídio contra um homem, culminando em sua detenção. Já no dia 11 a Polícia Militar Ambiental prendeu dois homens por tráfico de drogas no bairro Paecará, apreendendo também 50 porções de entorpecentes e dinheiro proveniente do tráfico.

No decorrer dos dias, houve a prisão de "Patinho", um membro de facção procurado por homicídio, apreendendo ainda armamento e munições; em seguida prendeu "Jeffinho", cujo vídeo exibindo um fuzil circulou amplamente na internet. Ele era procurado por homicídio de um policial, porte ilegal de arma, tráfico de drogas, receptação e desobediência.

O criminoso "Vitinho", também envolvido no vídeo exibindo uma pistola, foi preso por policiais civis em uma residência de alto padrão. Sua prisão envolveu equipes de investigação.

Polêmicas

Enquanto a Operação Escudo se desdobrava na região com o reforço de aproximadamente 600 agentes de diferentes batalhões do Estado, a ação polemizou devido às dezenas de homens dos quais a polícia diz serem suspeitos e que foram mortos em confronto.

O número elevado de mortes, que até a última atualização desta matéria somavam 22 óbitos, virou assunto nacional e dividiu a população. Alguns são contra a “chacina que aconteceu nas comunidades”, já uma outra parte da população diz ser favorável à operação e realizaram carreata para a continuidade da ação policial no litoral.

Ainda de acordo com a SSP, todas as mortes estão sendo investigadas por meio do Deic de Santos, com o apoio de equipes do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção a pessoa (DHPP). A reportagem questionou se a operação continuará em setembro, mas não obtive retorno.

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