Principal suspeito da morte de PM da Rota rendeu-se na Zona Sul de São Paulo; Erickson David tem longa ficha criminal e já passou por presídios de São Vicente e Mongaguá
Da redação
Publicado em 30/07/2023, às 21h16 - Atualizado em 31/07/2023, às 10h25
O principal suspeito de assassinar o soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, de 30 anos, em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi capturado na noite de hoje (30), pelas autoridades na Zona Sul de São Paulo.
Erickson David da Silva, de 28 anos, conhecido como Deivinho, é integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), e estava foragido desde o ocorrido na noite de quinta-feira (27) quando o PM foi morto com um tiro no peito durante patrulhamento na comunidade da Vila Zilda. O cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, 39, também foi ferido na mão durante o mesmo confronto.
Segundo o delegado Rubens Eduardo Barazal Teixeira, titular da Seccional de Santos e responsável pela investigação do caso, Deivinho foi identificado como o autor do disparo que vitimou o soldado Reis e ferio o cabo Alfaya.
O suspeito possui um histórico criminal com três passagens por roubo e uma por formação de quadrilha. Em 3 de junho de 2015, foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado.
Deivinho já havia sido preso anteriormente no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São Vicente, na Baixada Santista, e o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, em regime semiaberto. Em 16 de fevereiro de 2016, ele foi beneficiado com prisão albergue domiciliar.
A captura do suspeito foi confirmada pelo governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicados), por meio de suas redes sociais. Ele destacou o trabalho de inteligência encabeçado pela PM, que resultou na prisão de três envolvidos no crime.
“O autor do disparo que matou o soldado Reis, no Guarujá, acaba de ser capturado na Zona Sul de São Paulo. Três envolvidos já estão presos, após trabalho de inteligência encabeçado pela Polícia Militar. A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, disse o governador.
A Operação Escudo da Polícia Militar em Guarujá, no litoral de São Paulo, deixou pelo menos dez mortos desde a última sexta-feira 28. A informação foi divulgada neste domingo 30 pelo jornal Folha de S.Paulo, e confirmada pela reportagem do Portal Costa Norte. O número de mortes pode chegar a 12.
Em nota enviada a reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a Operação Impacto-Guarujá acontece no litoral de São Paulo desde 23 de junho, em decorrência dos altos índices de criminalidade naquela região.
Desde o começo da operação, a polícia tem enfrentado grande resistência dos criminosos. Na quinta-feira, um deles vitimou um policial da Rota que patrulhava uma comunidade. Após a morte do policial, a PM e a Polícia Civil desencadearam a Operação Escudo, para identificar, localizar e prender os envolvidos no assassinato do policial.
“Os quatro envolvidos no crime já foram identificados. Dois foram presos, um morreu ao entrar em confronto com a polícia e o autor do tiro se entregou. Vale ressaltar, também, que desde sexta-feira, mais de 10 pessoas foram presas em flagrante tráfico de drogas e dezenas de quilos de entorpecentes foram apreendidos”, disse a SSP.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Erickson David, mas publicará a versão dos defensores dele caso haja manifestação.)
Na noite de quinta-feira (27), o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, e o soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, ambos da Rota foram baleados durante patrulhamento na comunidade da Vila Zilda por volta das 23h próximo ao túnel Juscelino Kubitschek.
O soldado e o cabo foram levados ao pronto socorro da UPA Pam Guarujá. Atingido no tórax, o soldado não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o cabo foi atingido na mão esquerda, passou por atendimento médico e não corre risco de morrer.
O soldado Patrick , morava em São Paulo, praticava jiu-jitsu, era casado e tinha um filho de três anos.
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