Cobra com cerca de 3 metros foi encontrada em residência no centro da cidade; espécie ajuda no equilíbrio ecológico ao controlar roedores
Uma cobra da espécie caninana foi encontrada por moradores, no quintal de uma residência no centro de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. O animal foi visto por volta das 11h de domingo (28), e assustou os moradores; o Corpo de Bombeiros da cidade foi acionado para resgatar o animal, que media aproximadamente três metros.
Serpente de grande porte visita quintal de residência no litoral de SP
— Portal Costa Norte (@costanortenews) June 23, 2025
📹| 11ºGB pic.twitter.com/W0CTPEU14T
A equipe chegou ao local e fez a captura com segurança, sem registrar ferimentos em moradores ou na serpente. De acordo com os bombeiros, o réptil apresentava bom estado de saúde e foi solto em área de mata afastada da região urbana. O Corpo de Bombeiros reforçou, ainda, que ao encontrar animais silvestres, a população deve evitar qualquer contato direto e acionar os serviços especializados como os bombeiros ou a Polícia Militar Ambiental.
A cobra caninana (Spilotes pullatus) é conhecida por sua coloração amarela com manchas pretas e pode atingir até 2,5 metros de comprimento. Embora a aparência impressione, a espécie não é peçonhenta nem representa risco direto para humanos. De acordo com a bióloga Camila Issagawa, a caninana exerce papel importante na cadeia alimentar. Ao eliminar pequenos roedores, ovos e aves, contribui para o equilíbrio ecológico dos biomas brasileiros onde habita, como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Floresta Amazônica.
No início do ano, uma caninana foi flagrada com dois carrapatos fixados ao corpo, na Prainha Branca, em Guarujá. A pedido do Costa Norte, o registro curioso foi analisado por pesquisadores do Instituto Butantan, que identificaram os parasitas como pertencentes ao gênero Amblyomma, comuns em répteis.
🐍🔍| Carrapatos são vistos se alimentando de cobra caninana no litoral de SP pic.twitter.com/mClvCHVitH
— Portal Costa Norte (@costanortenews) February 27, 2025
Pesquisadores explicam que essas interações entre carrapatos e serpentes ainda carecem de estudos mais aprofundados. Apesar disso, o ciclo dos parasitas é bem conhecido: após se alimentarem, se desprendem do hospedeiro e seguem para a fase de reprodução no solo.