SERVIÇOS ESSENCIAIS

Prefeitura de Bertioga se pronuncia sobre problemas no transporte público municipal

Motoristas demitidos da Viação Bertioga podem ser absorvidos pela nova empresa. Transporte emergencial deve começar a circular na próxima semana. Coronel responsável e Diretora de Trânsito e Transportes prometeram soluções rápidas e eficazes para o caos no transporte da cidade

Da redação
Publicado em 16/10/2020, às 18h07 - Atualizado às 20h51

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Coronel da PM, Luiz Fernando Stefani, Secretario de Segurança e Cidadania de Bertioga - Foto: Divulgação/Prefeitura de Bertioga
Coronel da PM, Luiz Fernando Stefani, Secretario de Segurança e Cidadania de Bertioga - Foto: Divulgação/Prefeitura de Bertioga

O  Secretário da Segurança e Cidadania, Coronel Luiz Fernando Stefani, e a Diretora de Trânsito e Transportes, Thalita Walperes, em entrevista concedida nesta sexta-feira, 16, ao programa Sala de Imprensa, do Sistema Costa Norte de Comunicação, e depois em conversa com a Redação,  falaram sobre os motoristas demitidos da Viação Bertioga, sobre  a urgente contratação emergencial de uma nova concessionária de transporte público, e sobre as perspectivas de longo prazo para o transporte público e para a infraestrutura viária de Bertioga.

ENTENDA O CASO

Nesta sexta-feira, a cidade de Bertioga completa uma semana do início do colapso de seu transporte público. O drama começou com a greve de trabalhadores da finada Viação Bertioga, que paralisaram os ônibus  por falta de pagamento, na sexta-feira passada, 09; a briga se acentuou com a demissão em massa dos trabalhadores pela concessionária na terça-feira, 13, atingindo seu clímax naquela noite, quando o prefeito Caio Matheus anunciou o fim da Viação Bertioga na cidade por descumprimento de suas obrigações.

Na ocasião, a gestão municipal anunciou  que, com o rompimento definitivo com a Viação Bertioga, uma empresa a ser definida seria emergencialmente a concessionária do transporte público na cidade. A emergencialidade duraria até a conclusão do processo licitatório de uma concessionária em definitivo, processo que tramita no Tribunal Contas Estadual (TCE). Depois disso, enquanto os ônibus não passam no ponto, ainda permanecem em aberto muitas perguntas e aflições dos moradores em relação à sangria desatada que é o transporte público da cidade neste momento.  

CONTRATAÇÃO DOS MOTORISTAS DA VIAÇÃO BERTIOGA

Segundo Estefani, a gestão municipal articula para que haja uma absorção dos trabalhadores demitidos da Viação Bertioga pela nova empresa que irá operar na cidade. “Não vejo motivo para isso não acontecer”, disse. Essa foi uma solicitação do Sindicato da categoria abraçada pela prefeitura da cidade. Esse processo independe do resultado da tentativa do sindicato de reverter a demissão por justa causa que a Viação Bertioga impôs aos trabalhadores.

TRANSPORTE PÚBLICO EMERGENCIAL

Sobre o suprimento da necessidade de transporte emergencial na cidade, Stefani e Thalita afirmaram que a pasta vem trabalhando incessantemente para restabelecê-lo o quanto antes, mas não informaram uma data concreta. “Trabalhamos para que no início da semana que vem tenhamos o transporte reestabelecido, mas não tenho como prometer isso porque pode surgir algum percalço administrativo ou legal no meio”, afirmou o secretário.

NOVA EMPRESA DE TRANSPORTE PÚBLICO

Segundo o secretário, nesse primeiro momento em que será contratada uma empresa de transporte público emergencial não haverá melhoras substanciais em alguns problemas já conhecidos da população, sobretudo os trajetos dos ônibus. Esse problemas  estão sendo contemplados, afirmou o coronel, na elaboração do edital de concessão do serviço.

“Estamos aguardando essa decisão final do Tribunal de Contas pra que a gente faça uma correção geral desse edital [de concessão] nos moldes do que for apontado até mesmo pelo Tribunal de Contas, pra que a gente corrija isso. Esse [contrato] emergencial pode ser mesmo um balão de ensaio pra que a gente aprimore ainda mais o edital a ser publicado”, relatou.

O secretário afirmou que a gestão municipal trabalha num edital de concessão de transporte público em que os ônibus, que hoje ficam circunscritos às marginais e rodovias, circulem mais no interior bairros. “A  gente tem [há] muito tempo aí um transporte de um dimensionamento estagnado. Você sabe que a Bertioga de hoje é totalmente diferente da de 15, 20 anos atrás.

"A gente visa no transporte público também a mobilidade, a permeabilidade nos bairros. Dar condição,  ruas asfaltadas,  pra que, por exemplo, as pessoas não parem na Rio Santos e tenham que andar.  Trafegar mais ônibus dentro dos bairros e o usuário andar menos a pé, principalmente em intempéries, como  sol forte e chuvas”. A Diretora de Transporte, mais sintética, complementa “São linhas capilares. Temos um estudo sobre isso”

Interpelada, durante a entrevista no programa Sala de Imprensa, por Carlos Hélio,  um ouvinte, que desabafou “Tô cansado de promessas” A Diretora de Transportes se explicou: “nós precisávamos do embasamento jurídico, de elementos jurídicos pra conseguir de fato assumir [o transporte na cidade], entrar com o emergencial. Não é da noite pro dia, né?, concluiu, o secretário concordou com a cabeça.  

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