Destruição observada na cidade de Cruzeiro do Sul se equipara à provocada por um furacão de categoria 5, que equivale a ventos de até 400km/h
Por mais ampla que seja a cobertura da imprensa, sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul, ainda é difícil, para quem está longe, ter a dimensão exata da fúria da natureza sobre o estado gaúcho. Algumas cidades, principalmente na região do Vale do Taquari, foram completamente arrasadas. Imagens aéreas divulgadas pela MetSul Meteorologia, na terça-feira (14), impressionam pelo grau de destruição da região.
A MetSul comparou os estragos observados na cidade de Cruzeiro do Sul, próxima a Lajeado, com a destruição que um furacão categoria 5 costuma causar. A categoria 5 é a mais alta na escala de tornados e furacões e equivale a ventos entre 300km e 400km/h. A MetSul chamou a atenção para o fato de que, em alguns casos, nem o piso das casas existe mais.
O rio Taquari alcançou 33 metros no início deste mês, o que superou em 4 metros o recorde de sua série histórica. A força das águas arrastou tudo o que encontrou pela frente, como carros, postes, árvores e casas. Na segunda-feira (13), o rio voltou a subir e alcançou 28 metros. A própria MetSul declarou que, em 30 anos de atividade, com foco no clima do Rio Grande do Sul, jamais observou tamanha destruição.
Segundo dados divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, nesta manhã de quarta-feira (15), já são 149 os óbitos confirmados na tragédia, e 108 pessoas seguem desaparecidas. São 806 feridos, mais de 500 mil desalojados e mais de 76 mil pessoas em abrigos.
O rio Guaíba, na capital Porto Alegre, apesar de estável no momento, está com 5,19 metros - a cota de cheia é de 2 metros, e a de transbordamento, é de 3 metros. Na terça-feira (14), o rio subiu quase meio metro. Especialistas estimam que o rio possa levar até um mês para baixar ao nível normal. O aeroporto Salgado Filho, também em Porto Alegre, segue tomado pelas águas e tem previsão de reabertura somente para o mês de setembro. Apenas quando as águas baixarem é que será possível contabilizar os prejuízos.
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O estado segue necessitando de doações de todo o Brasil. Quem puder colaborar, entre as diversas opções, pode fazer um pix para o SOS Rio Grande do Sul, do governo gaúcho. Quem está na Baixada Santista também pode doar, por meio da campanha Corrente do Bem - Vamos ajudar o RS, que conta com o apoio do grupo Costa Norte. As agências dos Correios também recebem doações, que serão transportadas pela própria empresa, sem custos de envio para quem doar.
Com informações de MetSul Meteorologia
Esther Zancan
Formada pela Universidade Santa Cecília, Santos (SP). Possui experiência como redatora em diversas mídias e em assessoria de imprensa.