População recebe avisos nos aparelhos celulares, com classificação de risco entre severo e extremo; confira as diferenças entre os alertas
As fortes chuvas que atingiram a Baixada Santista, na noite de terça-feira (18), fizeram com que moradores de Santos e São Vicente recebessem alertas diferenciados, em seus celulares, com advertências sobre os riscos. Isso ocorre porque a Defesa Civil do estado de São Paulo utiliza avisos preventivos para ajudar a população em caso de chuvas intensas, principalmente, nesta temporada de chuvas. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) do órgão possui equipe de meteorologistas 24 horas por dia. Ela envia alertas sempre que há previsão de condições meteorológicas severas.
A comunicação é feita pelo sistema SMS, Whatsapp, Telegram e pela tecnologia cell broadcast, que utiliza o sinal 4G ou 5G para mapear a localização das pessoas e enviar alertas para as que estão em área de risco. Neste novo sistema, os avisos são divididos em duas classificações: severo e extremo.
O coronel Henguel Pereira, coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil do estado de São Paulo, comentou sobre os alertas. “O sistema de alertas à população é uma excelente ferramenta de comunicação de risco. Depois da tragédia em São Sebastião, passamos a lutar ainda mais para trazermos o cell broadcast para o país e, claro, para São Paulo. Eu tenho certeza que muitas vidas já foram salvas por causa dos nossos alertas”.
Cell broadcast
Desde 4 de dezembro, o estado de São Paulo passou a adotar a tecnologia cell broadcast, que permite o envio rápido e abrangente de mensagens diretamente aos celulares da população, sem a necessidade de internet ou aplicativos específicos. Com essa tecnologia, todo celular conectado a uma antena de telefonia com sinal 4G ou 5G recebe mensagens de alerta.
São dois tipos de alerta: severo e extremo. A emissão leva em conta um conjunto de fatores como: acumulado de chuva ocorrido na última hora, intensidade de chuva prevista para a próxima hora, velocidade dos ventos, incidência de raios, característica geológica e hidrológica da região. A análise é feita por um grupo de analistas que verificam o potencial do fenômeno e se pode causar transtornos.
Os alertas do Cell Broadcast são feitos em nowcast, ou seja, monitoramento em curto espaço de tempo. Muitas vezes, os alertas vêm próximos à chuva para garantir maior precisão ao aviso. Isso porque uma nuvem carregada de chuva pode se deslocar com alta velocidade ou pode estacionar, alterando a previsão. Entenda a diferença entre alerta severo e alerta extremo:
Severo: não há uma urgência imediata, ou seja, a população tem mais tempo para se proteger. Este alerta indica a necessidade de medidas de proteção. O sinal sonoro se assemelha a um “beep” similar ao do SMS e não irá soar no modo silencioso. A tela fica congelada e a mensagem só desaparecerá se o usuário a fechar.
Extremo: é o nível máximo de alerta, caracterizado por ameaças extremas à vida ou à propriedade. Esse nível de alerta chama a população para adotar medidas de proteção imediata. Neste caso, a mensagem acionará a vibração do aparelho e um sinal sonoro, semelhante a uma sirene, ainda que o celular esteja no modo silencioso. A tela fica congelada com a mensagem e só desaparece se o usuário a fechar.
SMS
Antes da chegada dos temporais, o CGE encaminha mensagens de alerta para a população pelo SMS 40199. Para se cadastrar, é preciso enviar uma mensagem de texto para o número 40199 e colocar o CEP da localidade de interesse ou se cadastrar no WhatsApp, iniciando uma interação com o número (61) 2034-4611. Há outras ferramentas de notificação de desastres disponíveis à população e não substituem os canais já existentes da Defesa Civil. Outras formas de alerta incluem:
A Defesa Civil do estado de São Paulo orienta a população a adotar medidas preventivas e a seguir as recomendações de segurança durante a temporada de chuvas:
Com informações de governo de SP