As cadeiras estarão disponíveis assim que for assinado convênio com a Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiências
Bertioga pode tornar suas trilhas mais acessíveis, em breve. Uma parceria entre a prefeitura e a Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiências (PCDs) permitirá a assinatura de um convênio, para receber seis cadeiras adaptadas para o uso em trilhas, inicialmente, as de Guaratuba e de Itaguaré.
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A prefeitura informou que cada conjunto de cadeira é composto por um suporte/trava, instrumento de acessibilidade para que as pessoas e seus familiares possam desfrutar das belezas existentes em Bertioga. Além disso, o chefe de Ecoturismo da cidade, Aluízio Durço Bernardino, explicou que, após a chegada dos equipamentos, os profissionais do setor, membros da Associação Bertioguense de Ecoturismo (Abeco) e Associação de Monitores Locais de Bertioga (Amolb), receberão treinamento de tratamento, condução, uso e conservação, para que eles acompanhem os PCDs durante a trilha de Guaratuba e Itaguaré.
Dos locais para utilização da cadeira, a trilha de Guaratuba é a mais famosa de Bertioga e com dois atrativos naturais: o Poço do Limão e uma cachoeira cristalina. Segundo o presidente da Abeco, Cristiano Borges, esta trilha recebeu melhorias de infraestrutura nos últimos tempos por causa da alta demanda. “A trilha de Guaratuba é bastante acessível. É considerada de nível médio, deve ser realizada com um monitor ambiental e tem a distância de 8km ida e volta, praticamente toda plana”, detalha Cristiano.
Já a trilha do Itaguaré é menor, com um percurso de 2km ida e volta, e pode ser realizada sem a condução do monitor ambiental, no caso de atividade individual ou familiar, somente sendo necessária a condução de um profissional no caso de atividade pedagógica ou por agências de fora do município de Bertioga. Ao fim da trilha, é possível se banhar no encontro do rio com o mar, na praia de Itaguaré.
As cadeiras Julietti foram batizadas em alusão a Juliana Tozzi, que, após uma doença extremamente rara, teve sua coordenação e fala comprometidas. Seu marido, o engenheiro Guilherme Cordeiro, desenvolveu a cadeira para, juntos, poderem desbravar trilhas pelas montanhas. Com isso, fundaram o Instituto Montanha Para Todos, a fim de democratizar o uso do equipamento adaptado para pessoas com algum tipo de deficiência motora, além de criar um banco de voluntários para auxílio da utilização da cadeira.
O equipamento contém um assento para PCD e uma roda para deslizar durante a trilha. Porém, ele é sustentado por duas pessoas que direcionam o equipamento, a fim de torná-lo flexível e poder acessar áreas montanhosas.
Com informações da prefeitura de Bertioga