CULTURA PARA TODOS

Atração turística de cidade do litoral de São Paulo recebe acessibilidade

Forte São João, em Bertioga, foi dotado de elevador e concorre a título de Patrimônio da Humanidade, pela Unesco; visitação é livre, sem agendamento

Rebeca Freitas
Publicado em 08/03/2024, às 17h04 - Atualizado às 17h22

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Forte São João já é tombado como patrimônio nacional - Divulgação/ PMB
Forte São João já é tombado como patrimônio nacional - Divulgação/ PMB

Um elevador foi instalado no Forte São João, em Bertioga, a fim de oferecer acessibilidade a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O espaço tem visitação gratuita de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. A classificação é livre e não é necessário agendamento. A operação do novo equipamento foi divulgada nas redes sociais do prefeito Caio Matheus. 

Conforme escreveu o chefe do executivo municipal, "a acessibilidade é importante para democratizar o acesso à cultura e à história. Agora, com essa facilidade, todos podem conhecer o nosso principal cartão postal, além da vista incrível do canal de Bertioga e da praia da Enseada", destaca o prefeito sobre a atração, localizada na av. Vicente de Carvalho, s/n – Centro. 

elevador forte são João
Cidade almeja receber  título de Patrimônio da Humanidade, pela Unesco - Divulgação/ PMB

O Forte já é tombado como patrimônio nacional, mas a cidade almeja receber o título de Patrimônio da Humanidade, pela Unesco. O elevador é uma das exigências, para que a qualificação seja alcançada. Segundo a prefeitura, realizam-se obras de acessibilidade também no Parque dos Tupiniquins, no entorno do Forte São João. Os serviços, na área de 3.500m², contemplam passarelas e deques suspensos, em madeira plástica. O projeto prevê, ainda, a construção de banheiros e outras estruturas para realização de eventos, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2024.

Sobre o Forte São João 

exposição Forte São João
Exposição permanente interna no Forte São João - Arquivo/ CN

O local dispõe de exposição permanente sobre a história do Brasil, da construção do forte e,  também, do município.  A mostra é realizada por meio da parceria entre a prefeitura de Bertioga e o Sesc Bertioga, com apoio do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).

O espaço reúne artefatos de diferentes povos indígenas locais, além de quatro máquinas cenográficas interativas divididas por temas: personagens históricos da fortaleza; recortes e textos antigos da cidade; uma máquina-jogo de pescaria, que aborda a cultura caiçara, e uma máquina-jogo de batalha naval, com técnicas de pirobalística dos canhões das fortalezas. 

A primeira estrutura do forte foi erguida em 1536, com outro nome, e feita em madeira. Posteriormente, entre 1551 e 1553, foi reconstruído em alvenaria, sob ordem e projeto da coroa real portuguesa; O forte se estabeleceu como ponto militar para ataque e defesa da ocupação portuguesa, contra a população indígena tupinambá que vivia no local e, também, contra invasores europeus e piratas. 

Para a população  local, o Forte se configurou como ameaça à sua sociedade e cultura, local de agressão e conflito. Do encontro entre culturas diversas surgiu o povoamento que, depois, formaria a cidade Bertioga. 

O Forte São João e a Fortaleza da Barra Grande de Guarujá representam São Paulo na candidatura seriada do Conjunto de Fortificações do Brasil a Patrimônio Mundial, que inclui 19 monumentos, em dez estados do país. Em 2021, a fortaleza bertioguense passou por uma restauração, para garantir a preservação desse importante cartão-postal da cidade.

Rebeca Freitas

Rebeca Freitas

Formada pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp)

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