Baleia jubarte foi encontrada sem vida na praia de Pernambuco, em Guarujá, na terça-feira (24); animal era uma fêmea, com 9,67 metros
Redação
Publicado em 26/10/2023, às 10h26
Uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) foi encontrada encalhada, já sem vida, na praia de Pernambuco, em Guarujá, no litoral de São Paulo, na terça-feira (24). Segundo informações do Instituto Gremar, responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) naquela região, a baleia tinha um petrecho de pesca preso à cauda (pedúnculo caudal).
Técnicos de campo do Gremar identificaram que a jubarte era uma fêmea, com 9,67 metros. O petrecho encontrado preso ao animal é típico de pesca de espinhel (aparelho de pesca que consiste em uma corda comprida, ao longo da qual estão fixadas linhas com anzóis).
Ainda de acordo com o Gremar, o exame de necropsia só foi realizado na quarta-feira (25), por questões de segurança em relação às condições da maré. Amostras foram coletadas e serão analisadas posteriormente para avaliar com mais precisão o que de fato causou a morte do animal.
O pedúnculo caudal é uma região muscular das baleias que fica localizada após a nadadeira dorsal, que junto com a nadadeira caudal, permite que as baleias nadem. Esta parte da nadadeira é a principal responsável pelo movimento de natação das baleias e é fundamental para a propulsão. A forma e o tamanho do pedúnculo caudal variam entre as diferentes espécies de baleias.
As baleias movem o pedúnculo caudal de cima para baixo para impulsionar a água para trás, o que as empurra para a frente. Isso cria a força necessária para nadar e se deslocar pela água
Outra curiosidade é que a nadadeira caudal da jubarte é quase uma "impressão digital". Ela é uma parte única do animal e permite que cada baleia da espécie possa ser identificada.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. É realizado desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, sendo dividido em 15 trechos. O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos nessa região, entre em contato com o Instituto Gremar pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120.
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