POLUIÇÃO DOS MARES

Robalo com lacre preso ao corpo é encontrado no litoral de SP

Peixe foi encontrado ainda vivo na rede de um pescador no bairro Canto do Forte, em Praia Grande; lacre provocou lesões profundas no animal

Redação
Publicado em 09/10/2023, às 15h51

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Peixe foi encontrado em Praia Grande - Reprodução/Instituto Biopesca
Peixe foi encontrado em Praia Grande - Reprodução/Instituto Biopesca

A poluição dos oceanos é um problema que, a cada dia que passa, se torna mais desafiador para a humanidade. Isso é fato. Mas só quando nos deparamos com certas imagens é que nos damos conta da dimensão que a intervenção humana tem sobre a fauna marinha.

Uma imagem divulgada pela Instituto Biopesca, na sexta-feira (6) mostra um robalo com um lacre preso em seu corpo. Segundo o instituto, o peixe foi encontrado ainda vivo na rede de um pescador, que o entregou para o Biopesca. O lacre causou lesões profundas no animal. O registro foi no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, em 22 de setembro. 

Lesões em peixe provocadas por lacre
Lacre provocou lesões graves no peixe - Reprodução/Instituto Biopesca

O instituto, em suas redes sociais, lembrou da previsão de que haverá mais plástico do que peixes nos oceanos em 2050, ou seja, daqui a apenas 27 anos. "Precisamos repensar o uso de embalagens e outros itens, em particular daqueles que usamos poucas vezes, como sacolas, copos e garrafas", postou o Biopesca.

"A produção desse material é bem superior à capacidade de reciclá-lo e, por essa razão, temos que substituí-lo. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente da ONU (Pnuma), mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano no mundo. Metade é projetada para ser usada apenas uma vez e, desse total, menos de 10% é reciclado. Aqui no Brasil, os índices de reciclagem não passam de 2%", também informou a postagem do Biopesca.

Instituto Biopesca

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna, no estado de Santa Catarina, até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

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