São 74 quilômetros de costa, nos quais pode-se observar dunas, manguezais, sambaquis, falésias, lagoas, vilarejos caiçaras e trilhas ecológicas
Redação
Publicado em 20/03/2025, às 16h13
A diversidade de atrações faz de ilha Comprida um dos mais atraentes roteiros turísticos do litoral sul de São Paulo. É lá que se encontram as últimas dunas ainda intocadas do estado. O município, fundado em 1992, tem 100% de seu território localizado em Área de Proteção Ambiental (APA) e conta com muitos atrativos naturais ainda preservados.
No vilarejo de Pedrinhas, situada a 35 quilômetros do centro, um visual inusitado surpreende os turistas, são dunas em meio a praias limpas e tranquilas. A partir de Pedrinhas, rodando mais 5 quilômetros pela praia, sentido Boqueirão Sul, observam-se mais dunas. O toque de exotismo fica por conta das matas de restingas dos manguezais bem próximos.
No decorrer dos 74 quilômetros de praia de ilha Comprida, podem-se observar manguezais, sambaquis, falésias, lagoas, vilarejos caiçaras e trilhas ecológicas. Uma das cenas mais pitorescas são protagonizadas pelos pescadores artesanais, que puxam suas redes de pesca, logo pela manhã, em meio aos turistas espalhados pelas praias.
As águas do Mar Pequeno, que separam ilha Comprida de Iguape, e de Cananeia, formam um verdadeiro viveiro natural, onde os peixes e crustáceos se reproduzem. Os pescadores costumam comercializar o pescado no centro de ilha Comprida e também em Cananeia, no decorrer do ano. Já na temporada de verão, eles podem contar com a presença dos turistas para melhorar o orçamento. Entre os peixes mais comuns fisgados pelos caiçaras estão a pescada, o cação, a corvina, o robalo e a salteira e, a partir do mês de dezembro, o camarão.
Naufragado na década de 1940, um navio espanhol, de aço, descansa no mar da praia de Pedrinhas e desperta a curiosidade, já que parte da sua proa pode ser vista no mar e é conhecida como pontão. Além de atrair praticantes de mergulho, os escombros do navio são um viveiro natural de mariscos, muito procurados por pescadores. Uma das espécies mais conhecidas na região é o sanambi – um marisco de cor branca, grande, e muito apreciado.
Para ir à ilha Comprida, saindo de São Paulo, segue-se pela rodovia Régis Bittencourt, BR-116, até o trevo de Iguape, no km 400, e a partir daí, pela SP-222, conhecida como Biguá-Iguape. O acesso é por Iguape, pela ponte Prefeito Laércio Ribeiro. Por Cananeia, faz-se a travessia por balsa e segue-se pelo Boqueirão Sul de ilha Comprida.
