Quatro pessoas foram presas quando armazenavam o produto falso em embalagens, sem condições de higiene; produtos imitavam marcas famosas
Uma usina clandestina de produção de azeite falsificado, alguns dos quais com rótulos de marcas famosas e populares comercializadas em supermercados, foi fechada na tarde de quinta-feira (20), em Mongaguá, litoral sul de São Paulo, por policiais da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos da Disccpat.
Durante a ação, os policiais civis encontraram quatro pessoas no local, que produziam embalagens falsificadas para armazenar o produto, também falsificado. Segundo a Polícia Civil, o material produzido (cerca de 44 toneladas) foi apreendido, e os quatro suspeitos, cujas identidades não foram divulgadas, presos.
Ainda de acordo com a corporação, o estabelecimento não possuía alvará de funcionamento nem autorização da Vigilância Sanitária para a produção e manipulação do azeite, que era armazenado sem condições de higiene. O óleo proveniente da prensa das azeitonas e os frutos estavam armazenados em recipientes inapropriados, como plástico. O material apreendido passará por perícia da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária.
Há sete anos, a Vigilância Sanitária estadual já havia apreendido centenas de embalagens de seis marcas de azeite produzidas por uma empresa de Mongaguá. À época, a apreensão não ocorreu por causa da fabricação clandestina, e sim porque, após análises, o órgão descobriu que os produtos continham, em sua composição, 90% de óleo de soja e apenas 10% de azeite. O Instituto Adolf Lutz, à época, analisou algumas embalagens e constatou que algumas sequer continham azeite em sua composição. Eram 100% óleo de soja. No entanto, os produtos eram vendidos nos supermercados como azeite extravirgem.
Na prática, embora os consumidores pagassem pelo azeite original, levavam para casa apenas uma mistura. A composição alterada caracteriza fraude ao consumidor e pode provocar problemas de saúde, de acordo com a Vigilância Sanitária. A fábrica foi fechada e os produtos recolhidos das prateleiras.