FRAUDE

Golpistas fraudam nomes como Magalu e Detran para aplicar golpe do Pix

Empresas fictícias direcionaram pagamentos via Pix e boletos para contas fraudulentas, incluindo golpes relacionados ao pagamento do IPVA

Redação
Publicado em 09/12/2024, às 12h06 - Atualizado às 12h16

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Fraudadores exploraram a facilidade do Balcão Único para criar as empresas fictícias - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Fraudadores exploraram a facilidade do Balcão Único para criar as empresas fictícias - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O governo de São Paulo suspendeu as inscrições estaduais de 2.128 empresas  envolvidas em golpes fraudulentos com  Pix. A operação, denominada Olho no Pix, revelou que os fraudadores criaram empreendimentos com nomes semelhantes aos de órgãos públicos e de grandes varejistas para enganar os consumidores;  alguns exemplos incluem Receita Federal do Brasil;Unesco Doação Ltda.;Detran Estadual Ltda.;Magalu Financeiro Ltda. e Pagamentos Ambev Distribuidora Ltda.

Essas empresas direcionavam pagamentos via Pix e boletos para contas fraudulentas, incluindo golpes relacionados ao pagamento do IPVA. A investigação descobriu que os fraudadores exploravam a facilidade do Balcão Único, para criar as empresas fictícias. De acordo com o governo do estado de São Paulo, até o momento, apenas um dos 2.128 empreendimentos suspensos solicitou o restabelecimento de sua inscrição e está sujeito a uma análise fiscal mais aprofundada.

++Leia também: Prefeitura de Bertioga alerta empresas sobre golpe do falso alvará

O órgão também afirma que, para combater novas tentativas de fraude, a Receita Federal, a Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) e a Sefaz-SP suspenderam as atividades dessas empresas. A Jucesp também publicou  portaria com exemplos de nomes proibidos para abertura de empresas, a fim de evitar novos golpes.

Além disso, a Sefaz-SP implementou uma funcionalidade que bloqueia automaticamente pedidos de abertura de empresas com indícios de irregularidade, utilizando ferramentas de aprendizado de máquina. Contadores responsáveis ​​por empresas fraudulentas também foram incluídos em lista restritiva.

A investigação também descobriu que muitos dos sócios dessas empresas recebiam  auxílio emergencial, o que sugere o uso de “laranjas” – indivíduos sem capacidade financeira usados ​​para fins fraudulentos. Todos os indivíduos e empresas envolvidos estão sujeitos a penalidades civis e criminais, com base nos dados fiscais levantados.

Segundo o governo do estado de São Paulo, a operação foi liderada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo (Sefaz-SP), em conjunto com a Diretoria de Fiscalização (Difis) e a Diretoria de Gestão, Atendimento e Conformidade (Diges). A investigação foi conduzida por auditores da Assistência Fiscal de Monitoramento e Inteligência (AFMI) e da Delegacia Regional Tributária da Capital (DRTC-III)

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