Responsável pela construção estima em mais de 37 mil reais o prejuízo; prefeitura afirma que a obra estava nos limites da APA Serra de Santo Amaro
Lucas Santos
Publicado em 28/01/2025, às 13h34
A responsável por uma casa que foi explodida por equipes da Polícia Militar Ambiental e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), no Guarujá, na sexta-feira (24), revelou que já tinha quase tudo pronto para morar no local com a família; eles colocariam o telhado no sábado (25) e fariam a mudança no domingo (26). Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a casa foi explodida por estar em área de preservação ambiental. A prefeitura confirma.
Em conversa com o Costa Norte, Aline dos Santos Bispo, de 32 anos, contou que a casa estava em construção desde outubro de 2024, e que moraria com a filha e o companheiro. “Eu pagava aluguel. Eu e minha família fomos para casa da minha mãe, para economizar o dinheiro do aluguel e sobrar um pouquinho a mais para a obra. Era a única casa que tínhamos, agora seguimos de favor na casa da minha mãe”, explicou.
O prejuízo estimado por Aline ultrapassa os 37 mil reais, já que este seria o valor apenas dos materiais, sem contar com a mão de obra. Ela ainda contesta que a construção estaria dentro de mata nativa: “Quero deixar bem claro que nós não invadimos e não desmatamos uma área [de conservação] ambiental. O que estão comentado é que eu construí em uma área ilegal”.
Por outro lado, a prefeitura de Guarujá afirma que o imóvel encontra-se dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra de Santo Amaro. Sobre a operação da PM Ambiental e Gate, informou que a Secretaria Municipal de Defesa e Convivência Social (Sedecon) não foi notificada. "Neste momento, Semam e Sedecon trabalham para obter mais informações sobre a ocorrência", completou.
Lucas Santos
Estudante de Jornalismo Digital na Uniasselvi