CURIOSIDADE

Foto de opilião flagrado em São Vicente gera dúvidas; saiba mais sobre a espécie

Opilião com atrativa coloração foi encontrado na região conhecida como Paratinga; especialista do Instituto Butantan explica sobre a espécie

Esther Zancan
Publicado em 17/05/2024, às 10h52 - Atualizado em 23/05/2024, às 11h28

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Espécie não é de aranha, mas de um opilião; veja mais curiosidades sobre este ser - Reprodução/Alexandre GM/Facebook
Espécie não é de aranha, mas de um opilião; veja mais curiosidades sobre este ser - Reprodução/Alexandre GM/Facebook

Uma imagem publicada em um grupo do Facebook, voltado à identificação de espécies de serpentes e aracnídeos, chamou a atenção no começo deste mês. Segundo o autor, a foto do que seria "uma exótica aranha", foi captada na área continental de São Vicente, próximo à cachoeira Gleba, na região conhecida como Paratinga, aos pés da Serra do Mar. Mas, na verdade, trata-se de um opilião.

A postagem teve mais de mil reações e, entre os comentários, um levantou uma dúvida um tanto curiosa. O internauta sugeriu a semelhança entre a tal "aranha", com a roupa do personagem Homem-Aranha. Brincadeiras à parte, o certo é que o herói dos quadrinhos,  criado por Stan Lee, é fictício, e a espécie fotografada não é de uma aranha, e também não é venenosa (muito menos radioativa).

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O Portal Costa Norte procurou o Instituto Butantan, para saber mais a respeito da espécie registrada. De acordo com o dr. Antonio Brescovit, especialista em aranhas e diretor do Laboratório de Coleções Zoológicas do Butantan, o ser é um parente próximo da aranha, um opilião, artrópode provavelmente do gênero Gonyossoma, pertencente a outra ordem de Arachnida, os Opiliones.

Brescovit explica que a espécie é bastante comum no litoral paulista e pode ser encontrada com facilidade nas folhagens e em cavidades, como cavernas. “Este animal é inofensivo aos humanos, ou seja, não é venenoso, portanto, não há produção de soro. A única característica desagradável é seu mecanismo de defesa, que exala um mau odor por meio de suas glândulas de repugnância”, disse o especialista. 

Ele lembrou, ainda, que não existe nenhum relato de acidentes com esta espécie, então, não acontece picada. Na literatura científica, existem muitos estudos sobre este animal, geralmente, conduzidos por especialistas em opiliões.

Esther Zancan

Esther Zancan

Formada pela Universidade Santa Cecília, Santos (SP). Possui experiência como redatora em diversas mídias e em assessoria de imprensa.

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