CURIOSIDADE

Quero-quero: entenda o motivo pelo qual a ave é conhecida pela agressividade

Espécie comum em áreas urbanas e rurais, o quero-quero defende o ninho com vocalizações estridentes, voos rasantes e estratégias de distração


Redação
Publicado em 14/05/2025, às 16h33

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Quero-quero é conhecido por sua postura defensiva e vocalização estridente, especialmente ao proteger ninhos e filhotes - Imagem ilustrativa/Pixabay
Quero-quero é conhecido por sua postura defensiva e vocalização estridente, especialmente ao proteger ninhos e filhotes - Imagem ilustrativa/Pixabay

O quero-quero (Vanellus chilensis) é uma das aves mais conhecidas do Brasil e se destaca pelo comportamento territorial e protetor. Presente em diversas regiões, principalmente em campos abertos, gramados e até calçadas urbanas, costuma ser notado não apenas por sua vocalização alta e aguda, mas também pela disposição em enfrentar qualquer possível ameaça ao ninho.

Com postura ousada, o quero-quero vocaliza de maneira contínua e realiza voos rasantes para afastar possíveis intrusos. As ações não se limitam a predadores naturais: pessoas e veículos também podem ser alvos das investidas, especialmente na época de reprodução, quando os ninhos são feitos diretamente no chão, muitas vezes, em locais de grande movimentação.

Um dos comportamentos mais característicos são as manobras de distração, ameaças e até ataques, principalmente no intuito de distrair e afastar o invasor para proteger a prole. Essas estratégias de defesa e outras foram descritas no artigo acadêmico O Comportamento Interespecífico de Defesa do Quero-quero (Vanellus chilensis), de Leny Cristina Milléo Costa, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

O artigo explica por que a espécie surge em diferentes ambientes: urbano, rural e em cativeiro. Na análise, notou-se também que os ataques, propriamente ditos, ocorrem  com frequência elevada no período reprodutivo, em comparação com os ataques fora desse período, e com ocorrência quando os intrusos ficam a menos de cinco metros dos ninhos e dos filhotes.

A agressividade do quero-quero, ainda que seja uma reação instintiva à proteção, assusta quem se depara com a ave, por isso, a recomendação é manter distância para evitar qualquer intimidação e causar menor estresse às aves. Se você tem interesse pelo universo das aves, leia também: Beleza e diversidade: novo livro retrata mais de 300 espécies de aves no Sesc Bertioga.

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