MAR AZUL

Bioluminescência: conheça o fenômeno que "iluminou" o mar no litoral norte de SP

Fundação Florestal explica possíveis causas do espetáculo que proporcionou experiência inesquecível a moradores e turistas, e orienta sobre cuidados

Lenildo Silva
Publicado em 12/03/2025, às 10h22

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Fenômeno foi registrado pelo influenciador Leo Dantas e publicado no perfil @vidaCaiçara.uba - Foto: Leo Dantas
Fenômeno foi registrado pelo influenciador Leo Dantas e publicado no perfil @vidaCaiçara.uba - Foto: Leo Dantas

Moradores e turistas que estiveram na praia de Itamambuca, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, noite de sexta-feira (7), testemunharam um espetáculo natural raramente visto com tanta intensidade: ondas brilhando em tom de  azul fluorescente. O fenômeno, chamado de bioluminescência, ocorre devido à reação química de micro-organismos presentes na água.

O influenciador Leonardo Dantas, morador de Ubatuba, foi um dos primeiros a registrar o evento e compartilhar as imagens nas redes sociais. Ele afirmou que já havia visto bioluminescência antes, mas nunca com tamanha intensidade. Segundo Léo, como é conhecido nas redes sociais, moradores e turistas ficaram impressionados com a intensidade do brilho das ondas.

A praia em questão fica em Área de Proteção Ambiental Marinha (APA) e tem como gestores os biólogos da Fundação Florestal (FF), órgão da Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística). Procurada pela reportagem, a fundação explicou que o fenômeno de bioluminescência registrado em Ubatuba é relativamente comum e, provavelmente, foi causado por microalgas dinoflageladas, como a Noctiluca scintillans. Essas algas emitem luz quando estimuladas por movimentos das ondas.

Fundação Florestal disse que fenômeno provavelmente foi causado por microalgas dinoflageladas, como a Noctiluca scintillans - Foto: Leo Dantas
Fundação Florestal disse que fenômeno provavelmente foi causado por microalgas dinoflageladas, como a Noctiluca scintillans - Foto: Leo Dantas

Segundo a FF, a proliferação dessas algas pode ser influenciada por fatores ambientais como temperatura elevada, nutrientes na água e condições específicas de maré e correntes. “Embora a bioluminescência não represente risco direto aos banhistas, é importante observar sinais de florações de algas nocivas, como mudanças na cor da água ou excesso de espuma, que podem indicar eventos de maré vermelha”, explicou em nota. 

Para quem presenciou o espetáculo, a experiência foi inesquecível. Leo Dantas disse que a combinação das ondas luminosas com o céu estrelado gerou um cenário digno de filmes. “Quando a Lua se pôs, o brilho da água ficou ainda mais evidente devido à escuridão e encantou todos os presentes que foram chegando com cadeiras de praia para observar o fenômeno”.

As imagens foram publicadas no Instagram @vidaCaiçara.uba, que acumula mais de 1.5 milhão de seguidores, administrado por Leo Dantas. Os vídeos publicados pelo influenciador já somaram mais de 500 mil visualizações. “Postei os vídeos nas minhas redes e espalhou pelo Brasil inteiro, estamos muito felizes com tudo isso”, disse Leo.

A Fundação Florestal orienta que, para a observação do fenômeno, é recomendado ir à praia em noites sem lua ou com pouca luminosidade e evitar luzes artificiais fortes. Embora o fenômeno seja seguro em proliferações naturais, a FF disse que é aconselhável evitar o contato excessivo com a água, principalmente, com os olhos ou ingestão.

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Lenildo Silva

Estudante de jornalismo na Faculdade Estácio

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