Lobo-marinho fez paradas nas praias do Balneário Flórida e Aviação, na quarta-feira (4); equipe do Instituto Biopesca foi acionada por um morador
Um lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis) escolheu as areias de Praia Grande, no litoral de São Paulo, para descansar. Um morador da cidade acionou uma equipe do Instituto Biopesca por volta das 8h da manhã de quarta -feira (4) ao avistar o lobo-marinho na praia do Balneário Flórida.
Ao chegar ao local, os profissionais do instituto constataram que o animal, um macho, estava alerta e ativo e, muito provavelmente, havia parado na praia apenas para descansar. A suspeita se confirmou aproximadamente duas horas depois, quando ele voltou para a água. Por volta das 14h do mesmo dia, ele voltou a aparecer, desta vez na praia da Aviação, e continuou sendo monitorado pela equipe do Biopesca, que se revezou em turnos até que ele voltasse para o mar, o que ocorreu perto das 4h. Na manhã de quinta-feira (5), o lobo-marinho foi novamente avistado na praia do Itararé, em São Vicente.
Os lobos marinhos são espécies migratórias e fazem longas viagens. Essa espécie, em particular, se distribui pela Argentina, Uruguai e Sul do Brasil. Ao avistar um deles nas praias, os órgãos ambientais que podem ajudá-lo devem ser acionados, a exemplo do Instituto Biopesca, responsável pelo monitoramento entre Peruíbe e Praia Grande.
Além disso, o instituto recomenda que deve-se manter distância, não fazer barulho e afastar qualquer outro animal que se aproxime. Dessa forma, o lobo-marinho fica protegido e seu estresse não aumenta, evitando que ele volte para o mar e possa até se afogar, pois está muito fraco ou cansado para nadar.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no Rio de Janeiro, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial).