Saiba por que o santista chama o pãozinho francês de média

As padarias santistas, e também de algumas cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, além do tradicional pão de cará, possuem outra particularidade: a média. Se você encosta em uma padaria de qualquer outra cidade do estado e pede uma média, provavelmente vai receber um copo do tipo americano, com leite e café. Mas, em Santos e nas cidades vizinhas, receberá uma unidade de pãozinho francês.

Mas, por que será que o pão nosso de cada dia leva esse nome em Santos? Bem, fato é que, é normal o pãozinho ter um nome diferente em cada região do Brasil. Há o caso emblemático do ‘cacetinho’, no Rio Grande do Sul, por exemplo. Mas não para por aí. Em Sergipe, ele leva o curioso nome de pão Jacó. No Ceará é chamado de carioquinha. Em Santa Catarina, pão de trigo. No Maranhão, é o pão massa grossa, enquanto no Pará, é o pão careca.

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A Fundação Arquivo e Memória de Santos procurou saber sobre a média santista junto ao Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria da Baixada Santista e Vale do Ribeira.E a teoria deles para a média até que faz muito sentido. Tudo teria começado entre as décadas de 1950 e 1960, quando era produzido nas padarias um pão tipo bengala, nas versões de um quilo, meio quilo e 250 gramas. E também havia  um pão menor, chamado de médio, que era vendido aos bares para o preparo de lanches. De pão médio para média, foi um pulo. 

Com o tempo, esse pão médio foi padronizado para 50 gramas, na época em que o pãozinho ainda era vendido por unidade no Brasil. Atualmente, ele possui aproximadamente 60 gramas e é vendido por quilo, uma norma que passou a valer a partir de 2006.