Ao menos dois galpões, utilizados pela Receita Federal, foram atingidos pelas chamas; mais de R$ 3 milhões em objetos apreendidos foram destruídos
O incêndio de grandes proporções, que atingiu galpões da empresa Dínamo Inter Agrícola Ltda., em Santos, no litoral de São Paulo, usados pela Receita Federal para armazenamento de objetos apreendidos, foi controlado na manhã de terça-feira (22). O fogo começou na noite de domingo (18) e só foi extinto após mais de 48 horas de trabalho do Corpo de Bombeiros.
A corporação informou que dois armazéns foram completamente destruídos e, até o final do combate aos focos de incêndio, havia risco de as paredes do galpão colapsarem, o que dificultou o trabalho dos profissionais. Cerca de 32 bombeiros trabalharam, com três linhas de combate externo, pela rua Dr. Cochrane, e duas linhas de combate interno, pela rua João Pessoa. Por segurança, um trecho da rede de distribuição, que atende a região do porto de Santos, também teve de ser desligado, segundo informou a CPFL Piratininga.
A Autoridade Portuária de Santos (APS) informou, em nota, que a Brigada da Guarda Portuária atuou desde o início do fogo, no armazém, em apoio ao Corpo de Bombeiros. A APS disponibilizou um caminhão autobomba com capacidade de 6 mil litros e oito brigadistas em revezamento. Segundo o regulador, as instalações da área do porto organizado, na qual ficam os terminais de contêineres, não foram atingidas. O fluxo de veículos nas vias portuárias não foi afetado, diz a nota.
A empresa proprietária dos armazéns informou que registrou o início do incêndio, em uma das unidades armazenadoras de carga geral, por volta das 23h40 de domingo (18). Os sistemas de alarme teriam sido acionados e três viaturas do Corpo de Bombeiros foram direcionadas ao local. Em nota, a Dínamo Inter Agrícola Ltda. informou que possui seguro da unidade armazenadora, e que as medidas cabíveis estão sendo tomadas junto aos órgãos competentes, para investigar as causas do incêndio. A empresa também afirmou que nenhum funcionário ficou ferido.
A Receita Federal informou que o leilão, previsto para o dia 29 de fevereiro, será mantido, mas os itens que estavam armazenados no local do incêndio serão excluídos. Entre os produtos perdidos, estavam milhares de itens, como celulares, perfumes, brinquedos, eletrodomésticos, bolsas, utensílios domésticos, artigos para videogames, discos de vinil, patinete elétrica e acessórios para veículos. O lote mais caro era o de número 69, no valor de R$ 850 mil. Ele continha itens de informática, como adaptadores USB, fones de ouvido, embalagens, câmeras de ré, câmeras inteligentes e cabos USB.
Com a finalização do trabalho do Corpo de Bombeiros, a perícia da Polícia Técnico-Científica, responsável por apurar as causas do incêndio, foram autorizadas a entrar no local e seguem no trabalho de apuração.
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