Incêndio em Santos ultrapassa 30h e já destruiu R$ 3 mi em produtos da RF

O incêndio que começou no final da noite de domingo (18), em um depósito da empresa Dínamo Inter Agrícola Ltda., em Santos, no litoral paulista, ainda não foi totalmente extinguido; o Corpo de Bombeiros permanece no local há mais de 30 horas. O depósito era utilizado pela Receita Federal, para armazenar produtos apreendidos no porto de Santos, e as chamas já consumiram mais de R$ 3 milhões em mercadorias.

Conforme o boletim enviado às 9h desta terça-feira (20), o Corpo de Bombeiros informou que, até o momento, dois armazéns foram completamente destruídos pelas chamas e todo o quarteirão está interditado. Há risco de as paredes do galpão colapsarem, o que dificulta o trabalho dos bombeiros.

Cerca de 32 bombeiros estão em ação, com três linhas de combate externo, pela rua Dr. Cochrane, e duas linhas de combate interno, pela rua João Pessoa. Apesar de o fogo estar controlado e confinado, de acordo com o Corpo de Bombeiros, os trabalhos ainda não estão na fase de rescaldo.

O incêndio

A empresa proprietária dos armazéns informou que registrou o início do incêndio, em uma das unidades armazenadoras de carga geral, por volta das 23h40 de domingo (18). Os sistemas de alarme teriam sido acionados e três viaturas do Corpo de Bombeiros foram direcionadas ao local.

Em nota, a Dínamo Inter Agrícola Ltda. informou que possui seguro da unidade armazenadora, e que as medidas cabíveis estão sendo tomadas junto aos órgãos competentes, para investigar as causas do incêndio. A empresa também afirmou que nenhum funcionário ficou ferido.

Leilão da Receita Federal

A Receita Federal informou que o leilão, previsto para o dia 29 de fevereiro, será mantido, mas os itens que estavam armazenados no local do incêndio serão excluídos. Entre os produtos perdidos, estavam milhares de itens, como celulares, perfumes, brinquedos, eletrodomésticos, bolsas, utensílios domésticos, artigos para videogames, discos de vinil, patinete elétrica e acessórios para veículos. O lote mais caro era o de número 69, no valor de R$ 850 mil. Ele continha itens de informática, como adaptadores USB, fones de ouvido, embalagens, câmeras de ré, câmeras inteligentes e cabos USB.

Causas do incêndio

As causas do incêndio deverão ser apontadas pela perícia da Polícia Técnico-Científica, entretanto, ela só ocorrerá após o local estar em segurança, ou seja, após a finalização do trabalho do Corpo de Bombeiros, o que ainda não foi realizado, por causa das chamas e do risco de desabamento.