SACANAGEM NAS AREIAS

Grupos fazem suruba ao ar livre toda noite em praia no litoral de SP, denuncia morador

Autônomo afirma que grupos de até dez pessoas praticam orgias noturnas diariamente em Praia Grande; prefeitura diz que vai intensificar vigilância no local

Redação
Publicado em 08/12/2023, às 12h23

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Praias noturnas de Praia Grande. Segundo morador, orgias acontecem com frequência em ponto inóspito da orla - Imagem: Reprodução / Pinterest
Praias noturnas de Praia Grande. Segundo morador, orgias acontecem com frequência em ponto inóspito da orla - Imagem: Reprodução / Pinterest

Quem espera tranquilidade em passeios noturnos à beira-mar pode se surpreender ao circular por um trecho da orla de Praia Grande, no litoral de SP. Um morador afirma que diariamente grupos de seis a dez pessoas práticam sexo ao ar livre quando a noite cai em um ponto ermo da Praia Mirim, a cerca de 8 km da região central da cidade. A prefeitura promete providências.

“Eu estou morando aqui faz quatro anos. Vim morar aqui durante a pandemia. Passeio com meu cachorro diversas vezes ao dia, porque ele só faz as necessidades dele na rua. E à noite é o último horário dele pra gente passear. Desde o começo do ano, começou aparecer gente fazendo orgia na praia. A primeira vez que vi, fiquei sem entender muito”, explicou em entrevista ao Portal Costa Norte nesta sexta-feira (8) o autônomo de 33 anos Diego Beselga, morador de uma casa perto da praia do bairro Maracanã.

Ele acrescenta que as orgias ao ar livre acontecem quase toda noite na altura do cruzamento entre a av. Pres. Castelo Branco e a rua Leonide Maria de Lima, perto do posto 9 dos bombeiros de Praia Grande.

Conhecida como dogging, a pratica de sexo ao ar livre não é incomum em grandes centros urbanos. A capital paulista, por exemplo, tem uma rota obscura da prática, com ao menos oito locais onde desconhecidos praticam sexo. Em dupla ou grupo, em geral, os atos  acontecem na calada da noite em ruas, parques e praças. Nas praias paulistas, no entanto, bacanais públicos são menos comuns.

Diego afirma que todos os participantes que avistou até hoje são homens. “Tem pessoas de 30 anos para cima. De 30 a 60 anos. Parece que tem grupos ali, eles ficam reunidos no calçadão e depois eles vão para a praia. Escureceu, eles já começam a aparecer. Começa por volta das 19h,  quando o posto 9 dos bombeiros fecha.

mapa com destaque
Local aproximado das orgias na praia, segundo morador - Imagem: Google Maps

Em tom de indignação, o autônomo conta que foi constrangido mais de uma vez pelos praticantes ou pelas práticas deles. “Eu moro a dez metros da praia. Já fizeram quase na frente da minha casa e eu tive que expulsar. Você acorda de manhã pra dar uma volta na praia, tá cheia de camisinha usada. Meu cachorro comeu uma uma vez. A última vez, minha mãe estava aqui comigo e à noite, às vezes, tem pescaria e o barco chega aqui. Eu fui com ela lá olhar. A gente estava voltando e haviam dois homens fazendo sexo oral na nossa frente. Infelizmente, ali eu perdi o controle e parti pra cima deles, mas não fiz nada grave”.

Imagens obtidas pela reportagem mostram a orla repleta de preservativos usados. O constrangimento, explica o morador, é ele e vizinhos lidarem com cenas indesejadas. “Conversei com vizinhos e eles me falaram que isso é antigo. Se fosse um lugar deserto, que não tivesse ninguém, eu nem ligaria. E eu fico revoltado é pensando que tem crianças, tem famílias aqui. Isso é crime, é atentado ao pudor”, desabafa.

Diego relata que acionou a Guarda Municipal três vezes e não viu providências. “Tem que aumentar a movimentação para inibir. Coloca uma base da GCM, faz um quiosque ali perto, e aí você gera fluxo de pessoas que acaba”.

Procurada, a prefeitura de Praia Grande disse, por nota, que o comando da Guarda Municipal vai intensificar os patrulhamentos no local. O órgão acrescentou “que não foram localizados acionamentos" da GCM a respeito das orgias na praia e que a população pode acionar a guarda pelo telefone 153 e a Polícia Militar pelo 190.

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