Frequentadores usam praia para descansar, relaxar, meditar, ouvir música ou colocar a leitura em dia, já que a maior parte do tempo ela está imprópria
Uma praia de areia firme, extensa e sem condições para o banho de mar recebe todos os finais de semana moradores e turistas que a buscam para contemplar a paisagem, a natureza e o mar. Ou apenas para pescar e passar o tempo. Localizada em Caraguatatuba, no litoral norte paulista, a praia do Porto Novo fica no extremo sul da cidade, a 10km do centro, já na divisa com São Sebastião.
Poucas pessoas são vistas tomando banho de mar nesta praia devido ao aspecto escuro da água, embora, na última análise feita pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), ela tenha recebido bandeira verde. No entanto, somente em 2024, a praia ficou imprópria para banho em 20 das 52 semanas, segundo o órgão. Mas isso é apenas um mero detalhe para a maioria dos frequentadores, que a buscam apenas para contemplação, aproveitando uma área verde ao longo de sua orla e à existência de várias árvores, que oferecem sombra para quem quer descansar, relaxar, meditar, ouvir música ou colocar a leitura em dia.
A praia é frequentada durante todo o ano por causa da existência de cerca de 40 colônias de férias no bairro, a maioria voltada para aposentados. Trabalhadores da ativa frequentam esses meios de hospedagem em suas férias do trabalho, o que movimenta a praia durante todo o ano.
A areia compacta atrai os frequentadores para caminhadas, corridas ou pedaladas. Há quem arrisque pescar, atirando o anzol da faixa de areia. “A pescaria é só um passatempo. Dá para pensar na vida e fazer planos. Os poucos peixinhos que peguei, devolvi ao mar”, conta o motoboy Agnaldo Timóteo, que recebeu esse nome em homenagem ao famoso cantor, morto em 2021.
O lugar também atrai famílias inteiras, como um grupo de Votorantim, no interior paulista, que ficará na cidade até o próximo domingo (11). “Sempre frequentamos a praia por causa da areia dura. Dá para as crianças andarem de bicicleta, sem o perigo das ruas. Além disso, tem muitas árvores, onde elas podem brincar na areia e fazer castelinhos. Como é um bairro residencial, passam poucos carros, então não tem barulho de trânsito, só o som das ondas”, diz Nathália Carvalho Soares, que integrava um grupo de oito pessoas da família, no domingo (4) de março.