Jefferson Santana da Silva foi achado por bombeiros já em estado de decomposição; ele estava flutuando há cerca de duas milhas no mar aberto
Jefferson Santana da Silva estava no auge de seus 27 anos quando sofreu um acidente na Pedra Selada, em Bertioga, e desapareceu no mar na tarde de domingo, 22 de outubro de 2023. O rapaz baiano seguiu desaparecido durante 15 dias, até que um corpo apareceu em estado de decomposição em Ilhabela na manhã de ontem (6).
O rapaz de cor parda, cabelos pretos e altura de 1,75 atuava como servente de pedreiro na Riviera de São Lourenço e, no momento do acidente, estava a passeio no cenário natural bertioguense junto a um grupo composto por dez amigos. Em questão de segundos, Jefferson escorregou, bateu a cabeça e, com um sangramento, foi arrastado pelo mar. Na data do acidente, ele trajava camiseta cinza e bermuda jeans.
Conforme o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Ilhabela, o Grupamento de Bombeiros Marítimo encontrou um corpo masculino trajando uma bermuda jeans. Ele tinha no pulso esquerdo uma pulseira metálica tipo correntinha. Ainda conforme o documento, o corpo estava com ossos aparentes em diversas partes, principalmente na face, que se encontrava totalmente esqueletizada, não sendo possível um reconhecimento pessoal por feição.
Segundo o B.O, o corpo estava flutuando há cerca de duas milhas no mar aberto, possivelmente sendo trazido por uma corrente marítima oriunda do litoral sul. Os bombeiros resgataram o cadáver e o trouxeram até o píer flutuante da balsa de Ilhabela, onde acionaram o policiamento.
Conforme o tenente do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMAR), Guilherme Vegse já havia apontado em entrevista ao Portal Costa Norte, a situação, na qual um corpo permanece desaparecido por muito tempo em alto mar, não é rara. Relembre:
“Infelizmente há casos do corpo aparecer muito tempo depois, ele pode passar muito tempo navegando longe. Para se ter ideia, a população pescadora ribeirinha já encontrou um corpo na ilha Montão de Trigo, há mais de 30 km da costa, então pode ser que [o corpo de Jefferson] apareça nos próximos dias, e pode ser que não, porque quando se trata da fisiologia do corpo da pessoa, nós estamos envolvendo alguns dados que mudam muito, como a densidade, a temperatura da água influencia, se ficou preso, se não ficou preso, a correnteza, a direção de corrente, então são variáveis que não têm como a gente prever o resultado”, determina.
O Portal Costa Norte entrou em contato com o IML para verificar se a família de Jefferson já fez o reconhecimento do rapaz, mas não recebeu retorno até o momento de publicação desta matéria. A equipe de jornalismo segue acompanhando o caso.
Rebeca Freitas
Formada pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp)