Comunidade abriga 550 indígenas; assinatura da ordem de serviço e início das obras devem ocorrer na próxima segunda-feira (8)
A Aldeia Rio Silveira, em Bertioga, contará com nova escola, no segundo semestre de 2024, conforme informações da prefeitura. Localizada na Terra Indígena Guarani do Ribeirão Silveira, na divisa entre Bertioga e São Sebastião, a comunidade abriga, atualmente, 150 famílias, que representam uma população de 550 indígenas. A assinatura da ordem de serviço e início das obras devem ocorrer na próxima segunda-feira (8), às 12 horas.
A nova instituição educacional pretende atender cerca de 140 alunos, com idades entre 6 meses e 11 anos, na área indígena. Para o cacique Adolfo Timótio Wera Mirim, a importância da escola para a comunidade indígena é inquestionável. "Apesar de seguirmos a cultura indígena, uma formação adequada é fundamental para garantir oportunidades e autonomia para nossa aldeia", destaca o líder dos povos originários.
As Terras Indígenas Rio Silveira são acessadas a partir da avenida Tupi Guarani, para quem chega via rodovia Rio-Santos, na altura do bairro Boraceia. O terreno destinado à construção mede 2 mil m², com 1, 1 mil m² de área construída. A unidade contará com seis salas de aula, quadra poliesportiva, sala multimídia, miniarena de eventos e sala multiuso, em uma arquitetura que harmoniza com a tradição e cultura indígena.
Além disso, a escola oferecerá sanitários acessíveis, ampla cozinha, pátio, lavanderia, refeitório, área administrativa, espaço para armazenamento de alimentos, vestiário e copa para os funcionários. O investimento previsto é de R$ 4,2 milhões, com recursos municipais, e a empresa responsável pela execução será a Ecovale.
Seguindo as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina a oferta de escolas em período integral, Bertioga ampliará o horário dos alunos, o que garante o direito e a qualidade de ensino. A Terra Indígena Rio Silveira já possui uma escola municipal, administrada pela prefeitura.
Bertioga tem investido na aldeia, ainda, em habitação, a exemplo do ano passado, quando foram entregues 30 unidades habitacionais, com previsão de construção de outras 30, na segunda fase do projeto. O posto de saúde na aldeia é administrado pela prefeitura de São Sebastião, enquanto a Funai representa o governo federal no local.
Rebeca Freitas
Formada pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp)