LUTO

Morre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, aos 81 anos, em Paris

Considerado um dos maiores nomes da fotografia humanista mundial, brasileiro construiu obra marcada por denúncia social e defesa ambiental


Redação
Publicado em 23/05/2025, às 13h09

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Morre o fotógrafo Sebastião Salgado, aos 81 anos, em Paris
Fotógrafo brasileiro ficou conhecido mundialmente por retratar temas sociais e ambientais - Reprodução/@institutoterraoficial

Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro internacionalmente reconhecido por seu trabalho,  morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, fundado por ele e a mulher Lélia Wanick Salgado. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Renomado e tido como um dos maiores nomes da fotografia humanista, as obras em preto e branco de Salgado retrataram a realidade de trabalhadores, migrantes, povos tradicionais e territórios ameaçados. Entre as mais marcantes estão Trabalhadores, Êxodos, Terra e Amazônia.

Formado em economia, Salgado trocou a carreira acadêmica pela fotografia na década de 1970; desde então, atuou em agências como Sygma, Gamma e Magnum,  antes de criar a Amazonas Imagens. Recebeu diversos prêmios e teve imagens expostas em todo o mundo. Além da fotografia, criou com sua mulher Lélia Wanick Salgado o Instituto Terra, em 1998, projeto de reflorestamento da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce (MG/ES), reconhecido internacionalmente pelos resultados positivos tanto no meio ambiente quanto na sociedade.

No Instagram @institutoterraoficial, a entidade lamentou a perda do fotógrafo e prometeu seguir honrando seu legado, conforme a nota:

"Com imenso pesar, comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado, nosso fundador, mestre e eterno inspirador.

Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora.

Neste momento de luto, expressamos nossa solidariedade a Lélia, a seus filhos Juliano e Rodrigo, seus netos Flávio e Nara, e a todos os familiares e amigos que compartilham conosco a dor dessa perda imensa.

Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar.

Nosso eterno Tião, presente!
Hoje e sempre."

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