Relatoria do projeto transformado em lei destacou a contribuição do brega para formação da identidade cultural brasileira
Garçom, aqui nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor”
Quem nunca ouviu a canção Garçom, de Reginaldo Rossi e cantou junto, não sentiu a energia do brega atingindo, como uma flecha, o coração. Agora, quem se permitiu, vai comemorar a criação do Dia Nacional do Brega, oficializado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial da União (DOU) pela Lei 15.136/2025. A data só poderia ser essa: o aniversário de nascimento do cantor-símbolo do gênero, Reginaldo Rossi, celebrado em 14 de fevereiro.
O cantor faleceu em 2013, vítima de câncer de pulmão, mas o legado prevalece e mostra que o brega ainda vive. O Projeto de Lei 5.616/2023, que originou a norma, iniciou na Câmara dos Deputados e foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura do Senado sem passar pelo Plenário.
Conforme a relatoria da senadora Augusta Brito (PT-CE), é inegável a contribuição do brega para a identidade cultural brasileira. Na justificativa, ela afirmou que o gênero musical, se caracteriza por expressar sentimentos cotidianos, como amor, ciúme e sofrimento.
Recifense (PE), Reginaldo Rossi estudou quatro anos de engenharia civil e chegou a lecionar matemática. O ritmo dos Beatles e dos cantores da Jovem Guarda o impulsionam a investir na música, em 1964. Ao longo da carreira, recebeu o apelido de Rei do Brega, do qual se orgulhava, e obteve um disco de diamante, um de platina duplo, dois de platina e 14 discos de ouro. Imortalizou a canção Garçom, a mais conhecida em todo o país, e outras como Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme.