CULTURA

Fé e tradição se reúnem na Festa do Divino Espírito Santo de Itanhaém

Conhecida como uma das atrações culturais mais esperadas de Itanhaém, comemoração envolve fiéis de todas as idades; conheça a história da festa


Redação
Publicado em 29/05/2025, às 10h32

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Divino Espírito Santo
Festa segue até 15 de junho - Prefeitura de Itanhaém

Reunindo fé e tradição, a Festa do Divino Espírito Santo de Itanhaém começa nesta sexta-feira (30). A festa marca um momento importante na vida dos religiosos, com celebrações e ritos que fazem história há mais de 300 anos na cidade do litoral sul de São Paulo. A programação, recheada de momentos importantes, ocorre até 15 de junho.

Conhecida como uma das atrações culturais mais esperadas de Itanhaém, a festa tem programação repleta de costumes e envolve fiéis de todas as idades em momentos importantes da comemoração, como a Noite da Soca; Alvorada Festiva; Abertura do Império; Missa Solene; Encerramento do Setenário; Procissão do Divino Espírito Santo, entre outros.

Além das celebrações religiosas, os festejos contam com a tradicional quermesse beneficente, realizada aos fins de semana, na praça Narciso de Andrade, no centro histórico. O evento é uma oportunidade única para moradores e visitantes apreciarem a cultura, a gastronomia típica e a devoção, que tornam essa festa uma das mais importantes da região.

Festa do Divino de Itanhaém
Festa faz história há mais de 300 anos na cidade do litoral sul de São Paulo - Prefeitura de Itanhaém

História

A Festa do Divino Espírito Santo foi trazida de Portugal pelos colonizadores que se instalaram na então Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém; era uma época conturbada no Reino Português, pelos idos do século XIII, quando a vida econômica agravava-se devido às lutas políticas de bastidores, perturbando a administração e colocando em risco a segurança do trono. Foi então que a soberana portuguesa, rainha Isabel, teve uma atitude insólita, que causou impacto junto à corte: “Abdicou” da coroa em favor do Divino Espírito Santo.

Profundamente religiosa e possuidora de uma fé inabalável, a rainha, que mais tarde seria santificada, resolveu que, enquanto não fossem solucionados os problemas que entravavam a vida do país, reinaria sobre Portugal a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. No dia de Pentecostes, toda a corte em solene procissão dirigiu-se à catedral de Alenquer, depositando no altar-mor a coroa, o cetro e a bandeira, cerimônia que configurava a promessa de que, a partir daquele instante, Portugal seria governado pelo Divino Espírito Santo.

A rainha recolheu-se a um convento e aguardou os acontecimentos. Talvez, em razão da medida extrema e inusitada tomada, os ânimos foram serenando, a política voltou à normalidade e a vida econômica de Portugal retornou à estabilidade anterior. Esse acontecimento foi tido como um milagre do Divino Espírito Santo, em atenção às preces da devota soberana portuguesa.

Atendendo aos apelos do povo, a rainha reinvestiu-se de sua realeza e fez  uma promessa de que, todo ano, no dia de Pentecostes, repetiria simbolicamente a cerimônia de consagração do Reino Português ao Divino Espírito Santo, levando à catedral a coroa, o cetro e a bandeira.

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