CULTURA INDÍGENA

Exposições criam ambiente diferenciado em Centro Administrativo, em Caraguatatuba

Cinco artistas da cidade e uma convidada apresentam ao público peças e objetos que valorizam a cultura indígena em suas diversas dimensões


Redação
Publicado em 23/12/2024, às 21h00

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A Grande Maloca é uma das exposições do Centro Administrativo do Complexo Mirante do Camaroeiro - Divulgação/Fundacc
A Grande Maloca é uma das exposições do Centro Administrativo do Complexo Mirante do Camaroeiro - Divulgação/Fundacc

Cinco artistas de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, criarão o ambiente no novo Centro Administrativo do Complexo Mirante do Camaroeiro, que será inaugurado na sexta-feira (27), às 9h. Com as mostras 'A Grande Maloca' e 'Percurso', os artistas Carlo Cury, Claudia Canova, Lu Chiara, Kadu Gravato e Giuliana Argañaraz contarão com a artista plástica convidada, Erica Sanches, para apresentar ao público peças e objetos que valorizam a cultura indígena em suas diversas dimensões.  

'A Grande Maloca' reúne um conjunto de 32 máscaras de indígenas de etnias brasileiras e objetos em cerâmica, que reverenciam a cultura indígena. Segundo a organização, o objetivo da exposição é registar elementos de adornos e grafismos faciais das diferentes etnias estudadas, sem tentar definir rigidamente os aspectos de uma etnia. O arte-ceramista Carlo Cury, integrante do Grupo Ubuntu, almeja concluir a obra com a produção de máscaras das 305 etnias brasileiras, listadas no tapete central da instalação. 

Já a exposição 'Percurso' resulta da pesquisa desenvolvida para o Projeto Origens, criado em 2011, no qual os artistas, a partir de processo de observação e estudos de formas e grafismos, replicaram a cerâmica arqueológica tupi-guarani. O grupo fez estudos a partir de fragmentos arqueológicos provenientes de alguns sítios pesquisados no Vale do Paraíba, bem como, pesquisas junto ao acervo do Museu de Antropologia do Vale do Paraíba (MAV), em Jacareí, com destaque para as peças recuperadas do Sítio Caninhas, localizado na cidade de Canas (SP).

O nome da mostra faz referência ao percurso feito pelos artistas, para recriar esses objetos e seus grafismos, numa perspectiva que valoriza a cultura indígena em suas diversas dimensões, incluindo fatores emocionais coletivos e elementos racionais históricos e culturais, além do potencial criativo de cada um. A exposição leva a repensar formas, texturas, acabamentos e queimas, estabelecendo pontes entre o passado, o presente e o futuro de uma tradição cultural.

O Mirante fica na rua José Vieira da Mota, s/n, Prainha, em Caraguatatuba.

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