Estimativa indicará crescimento de 5,1% em relação ao ano passado, um recorde histórico, e representará 9,6% do PIB paulista
O turismo praticado em todo o território paulista, com seus 645 municípios, dos quais 70 considerados estâncias turísticas, poderá render um faturamento de R$ 315 bilhões, um recorde, segundo estimativas da Setur-SP (Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo).
As previsões podem representar 9,6% do PIB (Produto Interno Bruto) paulista, segundo o Ciet (Centro de Inteligência da Economia do Turismo), órgão ligado à Setur-SP, maior percentual da série histórica, o que representa crescimento de 5,1% em relação ao ano passado. Segundo a secretaria, os números expressivos se devem, principalmente, ao aumento de turistas em destinos de todo o estado, que deve fechar o ano com 49 milhões de visitantes: 46,7 milhões de brasileiros e 2,2 milhões de estrangeiros.
Outro motivo é o aumento de postos de empregos. Segundo a pasta, o ano deve fechar com a criação de 45 mil novas oportunidades de trabalhos formais diretos, ligados ao turismo, em postos relacionados à hospitalidade, transporte e alimentação. Segundo o Ciet, a demanda teve o reforço da Academia do Turismo, um programa de capacitação e formação no setor, lançado em novembro, que já oferece 22 mil vagas em cursos gratuitos para o setor.
Outro motivo apontado pela Setur é a criação de quase nove mil empresas relacionadas ao setor em São Paulo, com destaque para o crescimento de 11% no setor de locação de veículos. Metade das locações de carros no país, segundo a secretaria, está relacionada ao turismo, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis. As vagas também estão nos oito aeroportos regionais como Araraquara e São José dos Campos, que retomaram voos em todo o estado.
Para realizar a análise, o Ciet se baseou em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) com relação à receita gerada e à quantidade de atividades turísticas de São Paulo. Também foram coletados dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e Socicam, que administra terminais rodoviários na capital paulista.
O estudo ainda levou em conta dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) relacionados à criação e extinção de empregos formais no setor e dados do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) sobre o crescimento do PIB do estado e dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre a evolução da massa salarial dos trabalhadores.