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Praia Grande anuncia reforço no combate ao crime de receptação

Prefeito Alberto Mourão anunciou medidas que visam combater práticas criminosas, entre as quais, fiscalização mais rigorosa a ferros-velhos

Redação
Publicado em 21/02/2025, às 14h21

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Reunião no paço municipal ocorreu na tarde de quinta-feira (20) - Fred Casagrande/Prefeitura de Praia Grande
Reunião no paço municipal ocorreu na tarde de quinta-feira (20) - Fred Casagrande/Prefeitura de Praia Grande

Reduzir os índices de criminalidade em Praia Grande, por meio do combate à receptação de objetos, foi a pauta de uma reunião na tarde de quinta-feira (20), no paço municipal. O encontro contou com a presença de autoridades de segurança pública, representantes de empresas de serviços públicos e diversas secretarias municipais. A reunião, conduzida pelo prefeito Alberto Mourão, marcou a retomada das atividades do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM).

Conforme o Código Penal Brasileiro, a receptação consiste em “adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime”. E ainda de acordo com a legislação, é passível de prisão de três a oito anos. E é nas mãos dos receptadores que vão parar os objetos furtados ou roubados, entre eles celulares, portões de garagens e fios.

O prefeito Alberto Mourão anunciou algumas medidas que visam combater essa prática criminosa, entre elas a fiscalização mais rigorosa de ferros-velhos, onde grande parte destes objetos é vendida, principalmente por estabelecimentos irregulares. “Precisamos baixar os índices criminais da cidade. Uma das ações é não permitir que esses estabelecimentos funcionem após o horário estabelecido pela legislação, pois é principalmente à noite que são feitas as negociações”.

Outra medida consta em uma das ordens de serviço assinadas pelo prefeito, logo no início do ano, para que a prefeitura tenha acesso às informações dos boletins de ocorrência de crimes ocorridos na cidade. “Queremos entender onde e como esses crimes acontecem para definir quais ações serão realizadas. Contamos com as polícias Militar e Civil para operações específicas, como as forças-tarefas”, disse Mourão.

Uma prévia dessas informações foi apresentada pelo chefe do Departamento de Planejamento e Tecnologia da Secretaria de Assuntos de Segurança (Seasp), Marco Alves dos Santos, com base em dados da Secretaria de Segurança Pública ao longo de 2024, apontando os bairros com maior incidência de roubos e furtos.

Outra medida anunciada foi a ampliação do número de câmeras na cidade, com a instalação de 700 equipamentos ainda este ano, e a assinatura de convênio com o programa Muralha Paulista, do governo do estado, com a integração de 644 câmeras do sistema de Praia Grande,  86 delas de reconhecimento facial. Com isso, a identificação de procurados da Justiça se tornará ainda mais efetiva.

O secretário de Assuntos de Segurança Pública de Praia Grande, Maurício Vieira Izumi, explicou que o objetivo é realizar reuniões semanais com as demais secretarias municipais e com os representantes das concessionárias de serviços públicos. “Temos ferramentas tecnológicas importantes a nossa disposição e vamos fazer um trabalho para combater a receptação. Se não há o receptador, não tem para quem vender o objeto ilícito e, consequentemente, os roubos e furtos tendem a diminuir”.

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