CRIME AMBIENTAL

PM Ambiental salva espécies marinhas presas em redes de pesca, em Caraguatatuba

Arraias, tartarugas e peixes foram encontrados em redes de pesca irregular, em Caraguatatuba; PM Ambiental não identificou proprietário do material

Estéfani Braz
Publicado em 05/04/2024, às 20h34 - Atualizado em 06/04/2024, às 13h28

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Arraias, tartarugas e peixes foram encontrados em redes de pesca irregular em Caraguatatuba. - Divulgação/Polícia Ambiental
Arraias, tartarugas e peixes foram encontrados em redes de pesca irregular em Caraguatatuba. - Divulgação/Polícia Ambiental

A Polícia Ambiental divulgou, na sexta-feira (5), a soltura de várias espécies marinhas enroscadas em redes de pesca. Os flagrantes foram registrados na quarta-feira (3), nas proximidades das praias do Camaroeiro e Prainha, em Caraguatatuba, no litoral norte. Os policiais apreenderam quase 800 metros de redes de pesca, das quais  sete, de emalhe de superfície (boiada), com 40 a 200 metros cada, ou seja, 790 metros de petrechos irregulares, conforme a legislação pesqueira vigente.

Durante a recolha, diversos peixes e várias arraias foram encontrados. Entre eles, a arraia-ticonha e um exemplar de arraia-borboleta (Gymnura altavela),  espécie ameaçada de extinção, caracterizada como criticamente em perigo, na lista oficial do Ministério do Meio Ambiente. 

Em outro petrecho, além dos peixes, foi encontrado um exemplar de uma espécie peçonhenta, a arraia-chita (Aetobatus Narinari), conhecida também como arraia-pintada. Segundo a Polícia Ambiental, o aparecimento desta espécie é comum no litoral paulista, mas a recomendação é que a população mantenha distância do animal. Ela possui de 1 a 5 ferrões na base da cauda, que podem injetar forte substância tóxica. 

Tartaruga-verde
Tartaruga-verde foi encontrada em uma das redes - Divulgação/Polícia Ambiental

Além disso,  havia também, em uma das redes,  uma tartaruga-verde, que foi devolvida ao mar sem ferimentos. A espécie é a única tartaruga marinha que foi excluída da lista de animais ameaçados de extinção, em 2022.

O caso foi registrado como infração administrativa de exercício ilegal da pesca, com utilização de petrecho não permitido, bem como  crime ambiental sem autoria. Os materiais de pesca foram recolhidos. Eles serão destinados a instituições cadastradas, para a devida reciclagem. O responsável pelos materiais não foi identificado e nenhum dos petrechos contava com plaquetas de identificação.    

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Estéfani Braz

Estéfani Braz

Formada em Comunicação Social na Faculdades Integradas Teresa D'Ávila

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