Polícia Ambiental e Fundação Florestal encontraram abrigo camuflado com espingarda, munições e vestígios de caça, no Parque Estadual da Serra do Mar
Redação
Publicado em 20/05/2025, às 11h00
Uma operação conjunta entre a Polícia Militar Ambiental e a equipe de vigilância da Fundação Florestal desativou, no sábado (17), um ponto de caça no interior do Parque Estadual da Serra do Mar, entre os núcleos São Sebastião e Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. A ação ocorreu após denúncia anônima sobre atividades ilegais na Área de Preservação Permanente (APP).
Durante o patrulhamento por uma trilha em região de mata fechada, as equipes localizaram um abrigo improvisado, camuflado com lona, madeira, bambu e telhas de amianto, construído às margens de um curso d’água. No local, apesar dos indícios de ocupação recente, como cama, roupas e fogão a lenha, ninguém foi encontrado.
Em uma varredura pelos arredores, os policiais descobriram um tambor camuflado na mata. Dentro dele, havia uma espingarda calibre .32, oito munições intactas e cartuchos de outros calibres, que indicam a prática de caça ilegal na região. O abrigo foi inutilizado conforme determina a Resolução SIMA nº 05/2021.
Além da atividade predatória, dois cães em situação de abandono foram encontrados no ponto de caça ilegal, com sinais evidentes de maus-tratos, como magreza extrema, parasitas e lesões. Os animais foram resgatados e encaminhados para atendimento veterinário no Centro de Zoonoses de Caraguatatuba.
A ocorrência foi registrada no Distrito Policial de São Sebastião. A arma e as munições foram apreendidas, e as infrações ambientais foram autuadas com base nos artigos 29 e 48 da Resolução SIMA nº 005/21, respectivamente sobre maus-tratos a animais domésticos e impedimento à regeneração natural, embora os responsáveis ainda não tenham sido identificados.
A operação teve o apoio das equipes de vigilância da Fundação Florestal, dos núcleos São Sebastião e Caraguatatuba, que atuaram em conjunto com a PM desde o planejamento até a execução da ação no interior da mata. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 190.
