RACISMO

Idosa é presa por chamar mulher de “preta e pobre”, no Guarujá

Uma testemunha confirmou as ofensas e a autora foi encaminhada à cadeia pública feminina; crime ocorreu na segunda-feira (2)

Lucas Santos
Publicado em 04/09/2024, às 11h48 - Atualizado às 12h14

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Caso foi registrado na Delegacia de Polícia do Guarujá como injúria racial - Google Street View
Caso foi registrado na Delegacia de Polícia do Guarujá como injúria racial - Google Street View

Uma mulher de 63 anos foi presa após chamar uma outra de “preta e pobre”, no Guarujá, litoral paulista. O registro foi na segunda-feira (2), na Casa de Assistência Integrada (CAI), quando a ofensora tentava furar a fila de atendimento do local, e entrou em discussão com a vítima, que estava em uma cadeira ao lado.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, logo no início das atividades da Casa CAI, da prefeitura de Guarujá, uma idosa chegou ao estabelecimento e se recusou a entregar o papel de agendamento para ser atendida; por isso, pessoas que chegavam no local eram atendidas primeiro que ela, já que o atendimento sem o devido agendamento não é possível. Ela, então, começou a tentar passar na frente das outras pessoas para ser atendida.

Em dado momento, uma outra mulher, de 36 anos, que estava no local para tentar receber o benefício do bolsa família, viu a idosa sentar-se em uma cadeira ao lado. Neste momento, ela se dirigiu à idosa e disse que se ela tivesse entregue o papel antes já teria sido atendida. Teve início uma discussão e, em meio ao desentendimento, uma frase chamou a atenção de uma testemunha: “Dá para se ver, preta e pobre, aí está buscando auxílio do governo”.

A vítima [a mulher de 36 anos], então, começou a chorar e disse que a as ofensas feitas contra ela eram crime, porém a reponsável pela frase [a idosa] não se importou e respondeu: “Pode chamar a polícia, os próprios negros têm preconceito com os negros”.

Em seguida, a Guarda Civil Municipal (GCM) chegou ao local e conversou com os envolvidos, incluse com a testemunha, que confirmou as ofensas. Os agentes, então, deram voz de prisão contra a acusada, que se recusou a entrar na viatura; foi necessário o uso de força moderada para conduzi-la.

Ela foi encaminhada à UPA Guarujá para constatação da sua integridade física e, em seguida, à Delegacia de Polícia do Guarujá, onde o caso foi registrado como injúria racial. Posteriormente, a senhora deveria ser levada à cadeia pública feminina.

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