OPERAÇÃO TAEGUK

Combate ao tráfico transnacional de entorpecentes chega ao litoral de SP

Criminosos utilizavam, principalmente, o porto de Santos; agentes da PF estão em Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Bertioga e Caraguatatuba

Redação
Publicado em 07/11/2024, às 10h11

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Destino das drogas era os mercados europeu e asiático - Reprodução / Arquivo Polícia Federal
Destino das drogas era os mercados europeu e asiático - Reprodução / Arquivo Polícia Federal

A Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar de São Paulo, deflagrou, nesta quinta-feira (7), a operação Taeguk, que desmantelou uma rede responsável pelo envio de mais de uma tonelada de entorpecentes para a Europa e a Ásia. As investigações apontaram que os criminosos utilizavam, principalmente, o porto de Santos, além de outras cidades do litoral paulista e do país, como base para suas atividades.

Segundo a PF, aproximadamente 200 policiais federais estão nas ruas, para dar cumprimento a 10 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão, em endereços situados nos estados de São Paulo (São Paulo capital, Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Bertioga, Caraguatatuba e Paraibuna); Rio de Janeiro (Duque de Caxias); Pará (Belém e Barcarena) e Maranhão (São Luís).

Investigação

O esquema, segundo a PF, foi responsável pela contaminação/inserção de mais de uma tonelada de entorpecentes (cocaína e maconha) em embarcações de grande porte, capazes de realizar viagens transoceânicas. As investigações revelaram que o esquema envolvia indivíduos com expertise em mergulho submarino, que se aproveitavam desse conhecimento para “prestar serviços” para outras organizações criminosas, mediante a inserção de droga na caixa mar submersa (sea chest) de navios situados nas áreas de fundeio de portos brasileiros.

O núcleo da organização criminosa, situado em território brasileiro, contava com o apoio de rede de mergulhadores internacional, para a retirada da droga em outros países.   Foram identificados, ao menos, sete eventos de tráfico transnacional de drogas, em 2024, vinculados à atuação desta organização criminosa, com cerca de uma tonelada de entorpencentes apreendida.

As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam, além da contaminação da sea chest, outras formas de inserção de drogas nas embarcações, como a modalidade içamento, quando, necessariamente, há participação de tripulantes dos navios na colocação e ocultação da droga.

As pessoas relacionadas aos fatos investigados poderão responder, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico transnacional de drogas, associação para fins de tráfico, bem como crime de organização criminosa. As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão, mais o agravante de transnacionalidade dos delitos.

A investigação teve a participação do escritório do DEA/SP, da Marinha do Brasil, solicitação de cooperação jurídica internacional em matéria penal, com apoio imprescindível de países parceiros como a Coreia do Sul, República Popular da China e Espanha.

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