Medicação atua na regulação do açúcar no sangue, ajuda a diminuir a quantidade de comida ingerida e pode ser aliada no emagrecimento saudável
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do Mounjaro, caneta injetável concorrente do Ozempic, para tratamento da obesidade. Originalmente, o medicamento, vendido no país desde maio, destina-se ao controle do diabetes tipo 2. A medida que libera o uso para auxílio na perda de peso foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (9).
O princípio ativo tirzepatida atua nos receptores de dois hormônios que controlam o apetite e agem na regulação dos níveis de açúcar no sangue, conforme informações do fabricante, Eli Lilly. Segundo a Anvisa, a liberação para obesidade deve ser relacionada ao menos a uma comorbidade.
Segundo detalha o fabricante, o Mounjaro libera insulina quando o açúcar está em níveis altos, fazendo a regulação; remove o excesso de açúcar do sangue; impede que o fígado produza e libere muito açúcar; reduz a quantidade de comida ingerida e diminui a velocidade com que os alimentos saem do estômago. A aplicação é semanal e deve ser combinada a exercícios físicos.
Detalhadamente, a tirzepatida é projetada para se ligar ao GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e agonistas do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1). Ambos hormônios são responsáveis pela regulação dos níveis de açúcar no sangue em resposta à ingestão alimentar. Por isso, quando ocorre o consumo, o GIP e o GLP-1 são liberados pelo intestino, o que aumenta a secreção de insulina pelo pâncreas.
A versão de 2,5mg custa cerca de R$ 1.400,00 no e-commerce, e R$1.500,00 em lojas físicas; a de 5mg custa aproximadamente R$ 1.700,00 por site e R$ 1.800,00 presencialmente. O preço máximo pode chegar a quase R$ 2.400,00.