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Pela primeira vez, porto de São Sebastião exportará café em navio a vela

Uso de embarcação a vela permite que a operação seja menos poluente; carga será levada até o porto de Le Havre, na França

Redação
Publicado em 11/11/2024, às 14h37 - Atualizado às 15h03

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Saída do veleiro do porto de São Sebastião está prevista para a quinta-feira (14) - Divulgação/Semil
Saída do veleiro do porto de São Sebastião está prevista para a quinta-feira (14) - Divulgação/Semil

O porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, será palco de uma cena pouco habitual nos dias atuais. A partir desta terça-feira (12), será realizada a primeira exportação de café em um navio a vela sustentável. O veleiro começará a ser carregado com aproximadamente 700 toneladas de cafés especiais, cultivados em uma fazenda do interior de São Paulo. O produto será depois levado até o porto de Le Havre, na França.

A saída do veleiro do porto de São Sebastião está prevista para a quinta-feira (14). Por ser uma embarcação a vela, isso faz com que a operação seja menos poluente, já que a emissão é zero de carbono e também não polui o oceano. A embarcação Artemis tem comprimento  de 81 metros e largura de 12 metros. O prazo estimado para a viagem é de 20 dias; a embarcação tem tripulação de pelo menos oito pessoas.

A carga veio da fazenda ambiental Fortaleza, localizada no município de Mococa, no interior paulista, e foram precisos 40 caminhões para o transporte. A fazenda trabalha com média de 80 variedades de café orgânico. A partida da embarcação rumo à França está marcada para as 12h de quinta-feira. Também devem ser embarcadas 10 toneladas de cacau especial, para a indústria de chocolate da Europa. 

A movimentação da carga ocorre em parceria entre  a FAFCoffees, a Belco e a TOWT. O proprietário da FAFCoffees, Marcos Croce, comentou que esse embarque é emblemático, pois começa desde o plantio de café, que segue uma pegada ambiental, e segue para sua exportação e distribuição na França, que também tem essa preocupação com o meio ambiente. "Nossos produtores plantam o café de montanha nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, tendo toda essa preocupação com a qualidade sensorial, solo orgânico, do princípio ao fim do processo”.

Croce prosseguiu: “Quando iniciamos o processo de exportação, a empresa logo entendeu a importância de utilizar uma embarcação que segue tudo aquilo que acreditamos, pois, cada um é importante para que a mudança ambiental ocorra". 

Com informações de Semil e prefeitura de São Sebastião

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