Três tripulantes de dois navios foram diagnosticados com a doença; pacientes estão em tratamento a bordo
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou, nesta quarta-feira (17), novo caso de malária registrado no navio Common Galaxy, ancorado em Santos, na Baixada Santista. A embarcação, que passou pela Costa do Marfim, na África, registrou o segundo caso positivo para a doença em tripulantes. De acordo com a Anvisa, o paciente não apresenta sintomas e o tratamento é realizado a bordo do navio. Os dois tripulantes apresentaram sintomas de febre, dores musculares e foram levados para o hospital Beneficência Portuguesa de Santos, para exames.
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O primeiro caso de malária no Common Galaxy foi registrado no dia 7 de julho. Antes, a Anvisa já havia confirmado outro caso em 4 de julho, no Genco Picardy, que saiu do continente africano em 20 de junho. A nota divulgada pela Anvisa, nesta quarta-feira, também informa que, na semana passada, foram concluídas a desinsetização e a testagem de todos tripulantes do Genco Picardi e do Common Galaxy e ressalta que a primeira embarcação não registrou novos casos.
As duas embarcações possuem bandeira das ilhas Marshall e transportam carga de açúcar a granel.
APS
Por meio de nota, a Autoridade Portuária de Santos (APS) informou que a responsável por questões sanitárias é a Anvisa. Com relação à atracação dos navios, a APS esclareceu que, até a manhã desta quinta-feira (18), as duas embarcações encontravam-se na área de fundeio (na Barra de Santos), aguardando atracação.
O navio Genco Picardy tinha previsão de atracação para esta quinta-feira (18), no terminal de exportação de açúcar do Guarujá (Teag). Já para o Common Galaxy, a estimativa é de que seja no próximo domingo (21), no terminal Tiplam, em Cubatão. A Autoridade Portuária de Santos ressaltou, ainda, que se trata de previsão e, portanto, está sujeito a alteração de data, e que a previsão não significa autorização para atracação.
A malária é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por um parasita do gênero Plasmodium, transmitido para humanos por meio da picada de fêmeas infectadas Anopheles (mosquito-prego). Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer, mas as picadas costumam ser registradas em horários noturnos.
Apesar de não ser contagiosa, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ela pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.
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