Áureo Tadeus da Silva, o 'Tadeu da Educação' (MDB), foi punido por compra de votos e abuso de poder econômico durante as eleições municipais de 2024
Por sete votos a zero, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo manteve a decisão de cassar o mandato do vereador de Itanhaém Áureo Tadeus da Silva, conhecido como Tadeu da Educação (MDB). O motivo é a compra de votos e abuso de poder econômico, através do transporte gratuito de eleitores no dia da eleição municipal de 2024.
Segundo a ação, um motorista recebeu ordem de um cabo eleitoral do então candidato Áureo Tadeus para transportar eleitores da estrada da Fazenda até seus locais de votação.
O relator do caso, desembargador Cotrim Guimarães, afirmou que testemunhas relataram que o transporte foi prometido pelo candidato dias antes da eleição, sugerindo que os eleitores deveriam votar em Áureo Tadeus em troca de futuros benefícios para a comunidade.
O motorista da van foi preso em flagrante no dia da eleição. Em audiência, alegou que cobrava R$ 5 por passageiro e desconhecia estar cometendo um crime.
A declaração, no entanto, contradiz o que ele mesmo disse em conversa informal registrada no boletim de ocorrência, onde admitiu ter sido chamado por um cabo eleitoral do então candidato para realizar o transporte.
O mesmo motorista possuía contrato de trabalho com o requerente, encerrado dois dias antes da eleição, o que caracteriza um vínculo recente. Além da cassação, o político também foi declarado inelegível por oito anos, contados a partir da eleição municipal de 2024. A decisão cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).