OUTRO LADO

Ex-prefeito de Caraguatatuba nega declarações e aponta “má-fé” da atual gestão

Por meio de nota, Aguilar Júnior se defendeu das críticas do atual prefeito Mateus Silva, declaradas em coletiva de imprensa

Reginaldo Pupo
Publicado em 25/02/2025, às 09h59

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Ex-prefeito Aguilar Júnior: "A cidade de Caraguatatuba avançou muito nos últimos anos" - Cláudio Gomes / Prefeitura de Caraguatatuba
Ex-prefeito Aguilar Júnior: "A cidade de Caraguatatuba avançou muito nos últimos anos" - Cláudio Gomes / Prefeitura de Caraguatatuba

O ex-prefeito de Caraguatatuba Aguilar Júnior, alvo das críticas do atual prefeito Mateus Silva, afirmou, por meio de nota enviada à imprensa, que as declarações do chefe do Executivo “são um claro reflexo da sua falta de preparo, incompetência e má-fé” para “desqualificar” sua gestão. Ele disse lamentar que o prefeito “tente pintar um cenário de "penúria" e "desolação" sem “sequer entender a dinâmica financeira de uma prefeitura”.

“A alegação de que há uma dívida de R$ 74 milhões com fornecedores, demonstra sua incapacidade de interpretar números de gestão. Todas as administrações municipais trabalham com fornecedores e contratos que possuem prazos de pagamento estipulados. Não se trata de ‘dívida’ e sim restos a pagar”, explica Aguilar Júnior.

Ele declara, na nota,  que o prefeito “contradiz” suas falas ao afirmar que a gestão anterior deixou R$ 84 milhões no caixa da prefeitura, “um montante substancial que comprova a responsabilidade financeira da minha administração. A tentativa de desqualificar esse número alegando que 90% dos recursos estavam comprometidos apenas reforça a falta de conhecimento do novo gestor sobre orçamento público. Qualquer pessoa minimamente preparada sabe que receitas vinculadas a despesas obrigatórias fazem parte da governança municipal e não significam descontrole financeiro, mas sim planejamento responsável”, ressaltou.

“A cidade de Caraguatatuba avançou muito com investimentos expressivos na modernização de escolas, ampliação dos serviços de saúde e manutenção contínua da cidade. Se há "lacunas", elas estão sendo criadas pela inércia do atual governo, que prefere se escorar na gestão Aguilar Júnior ao invés de trabalhar para trazer soluções reais para a população”. Aguilar Júnior ironizou frase de Mateus Silva usada na coletiva (“Caraguatatuba está no eixo do desenvolvimento nacional”) ao afirmar que “isso só é possível porque minha gestão foi dinâmica, transparente, dialogando com a população e com políticas de enfrentamento, como nas obras contra enchentes”.

Contratos

Ainda segundo o ex-prefeito, os contratos firmados foram executados conforme previsto, e qualquer pendência financeira deve ser analisada dentro do contexto orçamentário e das regras fiscais vigentes. “Muitas vezes, processos de pagamento envolvem trâmites administrativos que transcendem gestões. Ao contrário do que o atual prefeito pensa, julgar os atos e a capacidade administrativa do antigo gestor cabe ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, órgão que aprovou todas as contas do gestor Aguilar Júnior”.

Ele ainda destacou na nota que a manutenção da cidade “sempre foi prioridade”, com investimentos contínuos na frota, na limpeza urbana e em contratos essenciais. “Se houve notificações a empresas terceirizadas, cabe à atual gestão tomar as medidas cabíveis dentro dos contratos firmados. Os veículos sucateados foram substituídos por veículos locados”, respondeu ele, sobre as críticas de Silva.

Ainda de acordo com Aguilar Júnior, sua administração investiu “fortemente” nos serviços de saúde com a ampliação de leitos, construção de novas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) e duas Upas (Unidades de Pronto Atendimento), criação do Pró-Mulher, ”garantindo atendimento à população e suportando, inclusive, no período de pandemia. Problemas de infraestrutura e abastecimento de medicamentos devem ser analisados com base em registros técnicos e não apenas em avaliações subjetivas”.

Júnior encerrou a nota afirmando que “não se pode ignorar o fato de que o atual prefeito se apoia na figura de seu pai, ex-prefeito da cidade, como se isso fosse credencial suficiente para administrar Caraguatatuba. No entanto, ser herdeiro político não substitui competência, preparo e capacidade de gestão. Governar exige compromisso com a verdade e responsabilidade com o futuro da cidade e não apenas discursos vazios para justificar a própria ineficiência. Caraguatatuba merece mais do que um prefeito que tenta mascarar sua falta de preparo. A cidade precisa de liderança séria e comprometida, e não de um governante que insiste em olhar pelo retrovisor e culpar os outros por sua própria incapacidade”.

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