Fala de assessor Vladimir Medinski, que também lidera delegação russa em negociações pelo fim do conflito; na madrugada de hoje, Kiev sofreu "um dos maiores ataques da guerra", afirmou Zelensky
Uma fala do assessor do presidente Vladimir Putin deixou o mundo em alerta. O líder da delegação russa nas negociações pelo fim do conflito com a Ucrânia, Vladimir Medinski, ameaçou uma “guerra nuclear”, caso os territórios ocupados sejam alvo de retomada por Kiev e parceiros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). As informações foram publicadas pela agência estatal russa Tass.
Caso o conflito seja interrompido, sem acordo de paz “real”, ele prevê que, “depois de algum tempo, a Ucrânia se unirá à Otan e, com a Otan e aliados, tentará retomar o território. Isso será o fim do planeta, será uma guerra nuclear”. Segundo Medinski, o país não quer “criar uma desculpa” para iniciar uma “guerra nuclear”, por isso querem uma “paz completa e reconhecer os novos territórios”. As declarações ocorreram na segunda-feira (9).
Na madrugada desta terça-feira (10), a capital ucraniana, Kiev, sofreu “um dos maiores ataques da guerra”, informou o presidente Volodymyr Zelensky no perfil da rede socialX, com três mortes e ao menos 17 feridos. O governo ucraniano informou ter sido atacado por 315 drones e sete mísseis, sendo dois balísticos de fabricação norte-coreana. O presidente da Ucrânia afirmou que as regiões de Odessa, Dnipro e Chernigov também foram alvos. “Prédios residenciais e infraestrutura urbana foram danificados. Em Odessa, até mesmo uma maternidade se tornou alvo russo”.
Zelensky afirmou que “os ataques com mísseis russos e drones Shahed abafam os esforços dos Estados Unidos e de outros países ao redor do mundo para forçar a Rússia à paz. Por mais uma noite, em vez de um cessar-fogo, houve ataques massivos com drones Shahed, mísseis de cruzeiro e balísticos”.