Neste artigo, Rodrigo Fontes, chefe de Mobile na Scene Health, explica como detalhes relacionados ao corpo ganhou grande aliado tecnológico
A minha experiência com o desenvolvimento dos aplicativos móveis me permite dizer que os cuidados dos usuários dos mobiles com a saúde acumularam inúmeros avanços. Cuidar do bem-estar e dos mínimos detalhes relacionados ao corpo ganhou importante aliado tecnológico e passou a ter uma rotina mais simplificada e ao mesmo tempo dinâmica.
Por outro lado, como toda história, alguns contrapontos podem surgir e passam a merecer atenção. O mesmo aprendizado que adquire me permite dizer que os mesmos benefícios desfrutados pelos usuários renderam alguns cuidados extras virtuais, sob a responsabilidade do próprio paciente. Em alguns casos, fica até difícil apontar qual desses cuidados merece mais atenção, uma vez que um deslize no mundo virtual pode custar tão caro quanto um descuido dentro do tratamento físico seguido.
A parceria firmada entre os mobiles e os pacientes dos aplicativos voltados aos cuidados com a saúde avançou desde objetivos estéticos, quanto em sentido aos tratamentos preventivos ou em direção a procedimentos mais complexos, que demandam mais cautela. Por outro, a mesma medida de desenvolvimento foi vista ao analisarmos os perigos iminentes encarados pelos usuários das plataformas.
Logo, todos os usuários precisam desempenhar um papel fundamental na garantia da segurança de seus próprios dados, ao usarem os aplicativos de saúde. Pois até o aplicativo mais seguro pode ser comprometido se os pacientes não tomarem as devidas precauções.
Nunca é demais ressaltar o primeiro passo, ainda ignorado ou desconhecido por um público menos familiarizado com o contexto: uma das etapas mais simples e eficazes que os usuários podem adotar é criar senhas fortes e exclusivas para suas contas e habilitar a autenticação multifator (MFA), sempre que disponível. Isso acrescenta uma camada extra de proteção, exigindo uma segunda forma de verificação, como um código de mensagem de texto ou de um aplicativo autenticador, para acessar dados sensíveis.
Apesar de algumas lojas online de aplicativos colocarem limites a solicitações de permissão dos recursos disponibilizados, apenas parte dos mobiles pode passar pelo processo de revisão. Sendo assim, os usuários devem estar atentos às permissões que concedem aos aplicativos e permitir acesso apenas ao que for estritamente necessário para o funcionamento do app.
Outras medidas são bem-vindas sempre. Revisar e ajustar regularmente as permissões dos aplicativos nas configurações do celular ajudam a limitar o acesso desnecessário a informações pessoais.
Nesse mesmo sentido, os pacientes devem baixar aplicativos apenas de fontes confiáveis. Dentre elas, estão as lojas oficiais de aplicativos, para reduzir o risco de instalar softwares maliciosos – protagonistas do lado mais obscuro da evolução.
Permanecer tanto com o aplicativo quanto o dispositivo atualizados é procedimento de extrema relevância. Isso garante a aplicação dos patches de segurança necessários para corrigir falhas e vulnerabilidades dos sistemas. Por fim, não menos importante, revisar as políticas de privacidade e entender como os dados são utilizados permitem que os usuários tomem decisões informadas sobre seus dados pessoais de saúde e se protejam melhor.
Ao adotar essas cautelas, o usuário passa a ter caminho mais aberto e tranquilo ao conviver com o crescimento dos mobiles. Essas plataformas podem rastrear hábitos diários, como atividade física, nutrição, padrões de sono e sinais vitais, ajudando as pessoas a manter um estilo de vida mais saudável.
Ao proporcionar feedback de forma regular, definir metas personalizadas e enviar lembretes, os aplicativos de saúde incentivam os usuários a adotar medidas cautelares. Elas ajudam a reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.
Em sentido amplo, as plataformas baseadas na Inteligência Artificial (IA) fazem dos aplicativos de saúde verdadeiras ferramentas de monitoramento, em plataformas dinâmicas que orientam ativamente os usuários, em direção a melhores cuidados e resultados de saúde. É uma interação, como vimos, que demanda cuidados mútuos, e isso precisa ser reforçado. Mas que, quando bem conduzida, transforma a parceria em processo valioso em prol da saúde
Rodrigo Fontes, chefe de Mobile na Scene Health, na qual encabeçou projeto de desenvolvimento de aplicativos móveis inovadores, usando React Native, Kotlin Objective-C e Swfit.