ESPORTES

A história da Honda na Fórmula 1

Ayrton Senna, um dos maiores pilotos da história do Brasil, dirigiu uma McLaren equipada com um motor da Honda durante a maior parte da carreira

Redação
Publicado em 17/06/2024, às 09h44 - Atualizado às 16h43

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Honda marcou época na Fórmula 1 - Pixabay
Honda marcou época na Fórmula 1 - Pixabay

Considerada a principal categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1 é uma das maiores paixões do brasileiro nos esportes. Muito desse sucesso se deve aos tempos áureos de Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, mas se tornou ainda maior com a ascensão de Ayrton Senna, um dos maiores heróis esportivos da história do país.

A maior parte da trajetória vitoriosa do tricampeão do mundo foi guiando uma McLaren equipada com o motor Honda, alcançando justamente seus três títulos numa parceria memorável com a marca japonesa. A história da montadora, inclusive, é repleta de idas e vindas, conquistas e também decepções.

Hoje, a Honda é um dos personagens principais da história mais recente da Red Bull Racing na F1. Se, nas últimas temporadas, Max Verstappen e a equipe austríaca figuram como os grandes favoritos para vencer os campeonatos de pilotos e construtores, inclusive em 2024, de acordo com as probabilidades de F1 disponíveis nas casas de apostas mencionadas pelo Oddschecker BR, também é graças à gigante automobilística sediada em Minato, no Japão.

A entrada da Honda na F1 em 1964

Há exatos 60 anos, a Honda iniciava sua grandiosa história na Fórmula 1, trazendo sua própria equipe para dentro do grid. À época, a chegada dos japoneses foi um grande marco, já que eles se tornaram apenas a terceira escuderia a produzir seus próprios chassis e motores, algo que apenas Ferrari e BRM já haviam feito até então.

A Honda R & D Company competiu na F1 de 1964 a 1968, e teve como melhores resultados duas vitórias, no GP do México de 1965, com o norte-americano Richie Ginther, e no GP da Itália de 1967, com o britânico John Surtees. Um acidente fatal do francês Jo Schlesser no GP da França de 1968 levou a equipe a se retirar da categoria no final da temporada.

O retorno como fornecedora de motores em 1983

Então se passaram 15 anos até que a Honda retornou à F1, mas desta vez como fornecedora de motores para outras equipes. Essa passagem durou quase uma década e foi encerrada em 1992. Dentre os clientes dos japoneses estavam a pequena Spirit, times médios com a Lotus e Tyrrell, além de gigantes do calibre de Williams e McLaren.

Neste período, os carros equipados pela marca japonesa ganharam 71 provas e conquistaram 11 títulos mundiais, sendo seis de construtores (dois da Williams e quatro da McLaren) e cinco de pilotos (três de Ayrton Senna, um de Nelson Piquet e outro de Alain Prost). A partir de 1993, a Honda saiu de cena e apenas atuou indiretamente por meio da Mugen Motorsports, uma parceira nacional.

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Veículo semelhante ao que Ayrton Senna dirigia em competições - Pixabay

Projeto cancelado e nova parceria

A ideia dos japoneses era retornar de vez em 1999, com um projeto audacioso de ter novamente sua própria equipe, chegando a contratar nomes de peso para os cargos de diretor técnico e projetista, mas a iniciativa foi cancelada após a morte de um dos líderes do projeto, o britânico Harvey Postlethwaite. Com isso, os japoneses acabaram ficando na categoria apenas como fornecedores de motor de times como a British American Racing (BAR) e Jordan, entre 2000 e 2005.

A Honda de novo como equipe

Somente em 2006, 38 anos depois de sua saída como equipe de F1, é que a Honda enfim voltou a ter sua escuderia própria para correr na categoria. A Honda Racing F1 Team fez parte do grid entre 2006 e 2008, mas não obteve muito sucesso. Apesar de ter dois pilotos experientes, como o brasileiro Rubens Barrichello e o inglês Jenson Button, o time japonês conquistou uma única vitória, justamente em sua temporada de reestreia, no GP da Hungria, com Button.

Já Barrichello teve como melhor resultado um terceiro lugar no GP da Grã-Bretanha de 2008, mas àquela altura a equipe já estava com sérios problemas dentro e fora das pistas e acabou sendo vendida no final da temporada. O negócio acabou sendo muito positivo, já que a equipe se tornou a Brawn GP, que em sua única temporada na F1, em 2009, faturou o título de construtores e pilotos (com Button), antes de se retirar novamente da categoria.

Dificuldades e o sucesso atual

A história mais recente dos japoneses na F1 começou em 2015, quando eles retornaram para equipar a McLaren com seus motores, 23 anos depois do fim da vitoriosa parceria nos tempos de Senna e Prost. No entanto, essa retomada foi repleta de decepções e fracassos, levando o time inglês a amargar as últimas posições do grid.

Entre 2018 e 2019, a marca nipônica migrou para o conglomerado da Red Bull, primeiro oferecendo seus propulsores à Toro Rosso e depois à RBR, equipe principal do grupo. Juntos desde então, a Red Bull Racing voltou a vencer campeonatos e dominar a categoria. Apesar de a Honda ter oficialmente se retirado da Fórmula 1, ela ainda continua de maneira indireta trabalhando com ambas as escuderias.

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