PELUDOS

Cães da GCM de Santos auxiliam no tratamento de pessoas com TEA

Grupo de sete pessoas com Transtorno do Espectro Autista está passando por tratamento com intervenções de cães do canil da GCM de Santos

Redação
Publicado em 19/09/2023, às 14h32

FacebookTwitterWhatsApp
Cinoterapia é aplicada como auxiliar no desenvolvimento de habilidades de cada pessoa atendida - Francisco Arrais/Prefeitura de Santos
Cinoterapia é aplicada como auxiliar no desenvolvimento de habilidades de cada pessoa atendida - Francisco Arrais/Prefeitura de Santos

Que o cão é o melhor amigo do homem todo mundo já sabe. Mas essa amizade parece desconhecer obstáculos. É diante dos desafios que ela se fortalece. Prova disso acontece em Santos. Um grupo de sete pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), atendidas pelo Grupo de Avaliação Diagnóstica e Intervenção (Gadi), está passando por tratamento com intervenções de cães do Canil da Guarda Civil Municipal (GCM).

A cinoterapia, ou terapia facilitada por cães, é uma atividade que usa o cão como facilitador no processo terapêutico. A psicóloga Tatiana Lopes explicou que o projeto piloto começou em agosto e os resultados serão medidos em dezembro. O Gadi atende crianças, adolescentes e adultos com os três níveis de Transtorno do Espectro Autista (TEA): 1 (leve), 2 (moderado)  e 3 (grave). "Mas já são notados avanços no desempenho dos atendidos", completou a terapeuta ocupacional, Karina Sales.

Em maio deste ano, psicólogas do Gadi deram orientações a grupos da Guarda Civil Municipal (GCM) para mostrar aos servidores que todos os ambientes, principalmente os equipamentos públicos, têm que se adequar para atender pessoas com TEA da melhor forma possível.

Os cães da Guarda Civil Municipal usados no projeto são um goldendoodle Lucy, o pastor belga Hórus e  Ozzy, um border collie. Ao “time de peludos” da GCM, junta-se a pequena Pérola, um shih-tzu. "Ela chega  a ser a porta de entrada. Precisávamos de um animal de pequeno porte", destacou Karina.

A cinoterapia é aplicada como auxiliar no desenvolvimento de habilidades de cada pessoa atendida, explicou Tatiana. Os sete atendidos do projeto estão na faixa entre 3 a 26 anos.

Cão da GCM de Santos com criança
Entre os cães da GCM que fazem parte do projeto está Hórus, um pastor belga  - Francisco Arrais/Prefeitura de Santos

A interação semanal com os cães se dá por período de 25 a 30 minutos. Cada atendido tem  identificado um projeto para potencializar suas habilidades. "O objetivo é dar a eles maior independência e autonomia. A cinoterapia é um facilitador desse processo. Mesmo com os resultados finais somente em dezembro, já notamos avanços na habilidade expressiva e na comunicação receptiva deles", contou Karina.

Cinoterapeutas

O guarda civil Nilson da Silva Andrade e a inspetora Nizete Maurício dos Santos compõem o time de quatro cinoterapeutas da GCM. "É uma experiência nova. E é bom ver eles nesse processo, ajudando as pessoas", confidenciou Nizete.

Na avaliação de Nilson, "a cinoterapia ultrapassa as brincadeiras de interação com o cão, como no caso do show dog e agility. Ela  é  uma forma terapêutica que auxilia no desenvolvimento motor, na fala, no equilíbrio e no externar de emoções".

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!