INUSITADO

Cachorro e lobo-marinho interagem em Praia Grande, mas contato não é saudável

Instituto Biopesca orienta que deve-se afastar qualquer outro tipo de animal que se aproxime, para evitar o estresse no animal marinho já debilitado

Esther Zancan
Publicado em 01/07/2024, às 09h48

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Lobo-marinho voltou ao mar após a interação com o cão e não foi mais avistado - Reprodução/Instagram Instituto Biopesca
Lobo-marinho voltou ao mar após a interação com o cão e não foi mais avistado - Reprodução/Instagram Instituto Biopesca

Uma cena inusitada foi flagrada nas areias da praia do Jardim Real, em Praia Grande, no litoral de SP, na quinta-feira (27): a interação entre um cachorro e um lobo-marinho. O Instituto Biopesca chegou a ser acionado para o resgate do lobo-marinho, mas, ao chegar ao local, não encontrou o animal. O lobo-marinho já tinha voltado ao mar e não foi mais avistado.

Mesmo que o flagrante pareça fofinho, a verdade é que esse tipo de interação não é saudável e pode acarretar até na morte do animal marinho. O Biopesca lembra que o inverno é a época na qual várias espécies marinhas migram e viajam longas distâncias. O lobo-marinho é uma delas e, ao pararem nas praias do litoral paulista, estão cansados da viagem ou mesmo doentes. Ao avistar um deles na praia, os órgãos ambientais devem ser acionados.

Além disso, o Biopesca  orienta para manter distância do animal, não fazer barulho e afastar qualquer outro animal que se aproxime. Dessa forma, o lobo-marinho, ou qualquer outro animal marinho, fica protegido e seu estresse não aumenta, pois tal situaçao pode acarretar até em afogamento, já que, frequentemente, estão muito fracos para nadar.

Biopesca

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto avalia os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias, do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, debilitadas ou mortas, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) e (13) 99601 2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

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Esther Zancan

Esther Zancan

Formada pela Universidade Santa Cecília, Santos (SP). Possui experiência como redatora em diversas mídias e em assessoria de imprensa.

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