Ave migratória do Ártico, famosa por animação da Pixar, é encontrada em Praia Grande

Um maçarico-branco (Calidris alba), uma pequena ave marinha migratória do Ártico, que viaja milhares de quilômetros e que ficou famosa em uma animação da Pixar, foi encontrada no litoral de São Paulo. A ave não conseguia alçar voo e foi resgatada em Praia Grande, no dia 26 de abril, por uma equipe do Instituto Biopesca. A ave está em tratamento, que inclui a administração de soro e vitaminas, além da oferta de alimento adequado à espécie. Ela pesa 60 gramas e, em breve, deve ser encaminhada para a segunda fase do tratamento, a reabilitação.

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De acordo com o Biopesca, essa espécie migra do Ártico para outras partes do mundo quando começa o outono. Nessa estação, os dias no hemisfério norte vão ficando mais longos e quentes. O maçarico-branco vem “invernar” aqui no hemisfério sul, quando os dias são mais curtos e  frios. Outro fator que impressiona é a resiliência dessas aves, que, embora pequenas, viajam milhares de quilômetros, enfrentando todo tipo de desafio, como chuva, ventos fortes e mar agitado.

Outra curiosidade da espécie é que ela inspirou o personagem Piper, da animação Piper: Descobrindo o Mundo, da Pixar, produzida em 2016. O filme mostra características muito interessantes da espécie, como correr para trás e para frente junto à rebentação, conforme as ondas do mar quebram na praia. Elas possuem esse comportamento porque aproveitam o recuo da onda para caçar, com os pequenos bicos, crustáceos que ficam enterrados na areia. E, o Instituto Biopesca, tem trabalhado para que o nosso “Piper” fique bem logo e possa voltar à natureza o mais rápido possível.

Instituto Biopesca

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto avalia os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias, do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, debilitadas ou mortas, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) e (13) 99601 2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Com informações de Instituto Biopesca