Para cada cidade, foi divulgado os tipos de desastres a que estão expostas e, em algumas, o número de pessoas em áreas de maior risco
As imagens das inundações no Rio Grande do Sul colocaram todo o Brasil em alerta para os desastres que as mudanças climáticas podem ocasionar, no curto e médio prazos. E, um mapa divulgado pelo governo federal, em abril deste ano, mostra que 1.942 municípios brasileiros aparecem como suscetíveis a desastres ambientais, como alagamentos, enxurradas, inundações e deslizamentos de terra. Entre eles, estão as quatro cidades do litoral norte de São Paulo.
“O aumento na frequência e na intensidade dos eventos extremos de chuvas vêm criando um cenário desafiador para todos os países, em especial para aqueles em desenvolvimento e de grande extensão territorial, como o Brasil”, diz o estudo do governo federal. As áreas dentro dessas mais de 1,9 mil cidades consideradas em risco concentram mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que representa 6% da população brasileira.
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O mapeamento foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O governo o solicitou devido às obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Veja a situação de cada cidade, com os riscos a que estão expostas e número de habitantes que estão sujeitos a eles:
Ubatuba: de um total de 92.980 habitantes (Censo 2022), 4.678 moradores estão em áreas com risco de deslizamentos, enxurradas e inundações;
Caraguatatuba: o mapa cita que 3.006 moradores, de um total de 134.875 habitantes, se encontram em áreas com risco de deslizamentos, enxurradas e inundações;
São Sebastião: o mapa não divulgou o número exato de pessoas que estão em áreas de risco geo-hidrológico, de uma população total de 81.540 habitantes. Mas o município corre risco de eventos como deslizamentos, enxurradas, e inundações;
Ilhabela: o levantamento não quantificou quantos dos 34.934 habitantes da cidade-arquipélago estão sob risco geo-hidrológico, mas a cidade consta da lista por correr risco de eventos de deslizamentos e enxurradas.
O mapa recomenda ao Poder Público ações como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema. O estudo também chamou a atenção para o fato de que são as populações mais pobres que correm mais riscos de serem vítimas desses desastres ambientais. A íntegra na nota técnica pode ser acessada aqui.
Com informações de Agência Brasil