EUROPA EM ALERTA

“Semanas muito duras virão”: Itália e Espanha aumentam restrições para conter 2ª onda de covid-19

Espanhóis terão toque de recolher e proibição de reuniões com mais de 6; Italianos terão aulas presenciais suspensas e estabelecimentos fechados

Da redação
Publicado em 25/10/2020, às 19h07 - Atualizado às 19h21

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Imagem: Reuters /  Sergio Perez
Imagem: Reuters / Sergio Perez

Uma nova onda de infecções por covid-19 que se alastra por países europeus fez com que Espanha e Itália adotassem novas medidas para conter o avanço da moléstia. Um aumento rápido do número de casos de corona tem levado governos a  retomarem restrições à circulação nos moldes da primeira onda.

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, anunciou um segundo estado de emergência, válido por seis meses. “Semanas muito duras virão, o inverno [europeu] está chegando, a segunda onda não é mais uma ameaça, é uma realidade em toda a Europa", alertou o ministro da saúde do país.

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Sánchez estabeleceu confinamento noturno em toda a Espanha (exceto Ilhas Canárias), entre 23h e 6h, e deu autonomia para que as regiões determinem outras restrições de isolamento, como fechamento do comércio e proibição de reuniões que envolvam mais de 6 pessoas.

Neste sábado, 24, a Espanha registrou 231 novos óbitos pelo vírus, maior número desde 29 de abril, ocasião em que foram registradas 224 mortes. No dia anterior, sexta-feira, 23, O país foi o sexto do mundo e o primeiro do mundo a ultrapassar a marca de um milhão de infeções por covid-19. As informações são da Organização Mundial de Saúde (OMS). No ápice da primeira onda, em 30 de março, 888 pessoas morreram.  

A letalidade da segunda onda de infeções está menor que a da primeira, cujo pico se deu entre o final de março e início de abril, com cerca de 800 óbitos por dia. Atribui-se essa menor letalidade ao fato de as infecções da segunda onda estarem acometendo pessoas mais jovens. Entretanto, especialistas de saúde alertam para a possibilidade de outro colapso do sistema de saúde.

A Itália também optou restringir a circulação, fechando academias e suspendendo as aulas presenciais do ensino médio, que voltam a ser virtuais. O país contabilizou cerca de 20 mil casos em 24 horas, maior número diário até hoje.  

Segundo o premiê Giuseppe Conte, a pretensão não é retomar o toque de recolher, mas retomar algum nível de isolamento para que em dezembro o país “volte à respirar”

Não haverá atendimento presencial em bares e restaurantes, a partir da próxima sexta-feira, 30. Só serão autorizados serviços de entrega ou retirada das refeições pelos clientes para levá-las para casa. Museus continuam abertos, porém o governo italiano tem apelado para que as pessoas fiquem em casa o máximo que puderem.

Outros países do continente também tem adotado medidas mais duras de combate ao vírus. A França estendeu o toque de recolher para cerca de dois terços de sua população nessa quinta-feira , 22.

Na Alemanha, há uma semana,  a contagem de novos casos diários chegou a 7.830, número recorde de casos no país. A chanceler Angela Merkel pediu aos seus compatriotas que fiquem em casa sempre que possível.

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